Lagosta e picanha
Uso de dinheiro público para bancar mordomias em aviões da FAB é lamentável, acredita Macris
Os ministros que viajam pelo país em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) contam com mordomias como almoço à base de salmão, lagosta, picanha e outros benefícios que estão distantes de quem utiliza um voo de carreira. Os dados estão em reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense, domingo (24).
Segundo a matéria, o contrato entre a FAB e a empresa RA Catering, responsável pelo serviço, rendeu R$ 1,7 milhão ao grupo em 2013. O negócio não é fechado por meio de uma licitação – definida como “fornecedora exclusiva”. A RA Catering não precisa concorrer com outras companhias para ter o governo federal como cliente.
O deputado Vanderlei Macris (SP) define o episódio como “mais um movimento do PT no sentido de apropriação do Estado”. E diz: “Estamos falando de algo que acontece desde que o PT chegou à Presidência da República. Eles utilizam o dinheiro público como se fosse particular; tratam as verbas como ferramenta partidária. É algo lamentável e inaceitável.”
A reportagem do Correio destacou que, além do “excesso de luxo” nos artigos adquiridos pela FAB, há ainda suspeitas de superfaturamento. Como exemplo, a matéria cita que o governo pagou R$ 3,37 por uma lata de refrigerante, que costuma custar R$ 1,79 em supermercados convencionais.
Para Macris, a situação soma-se a outras em que indícios de corrupção são incluídos em atos equivocados por parte do PT: “Como em outros momentos, vemos aí um viés de irregularidade. É lamentável que nosso dinheiro esteja sujeito a pessoas que não têm espírito público.”
(Da Agência PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)
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