Acompanhar com lupa


Deputados cobram investigação de suposto pagamento de propina no Ministério da Fazenda

Parlamentares do PSDB defenderam investigação profunda e punição aos envolvidos em suposto esquema de corrupção no Ministério da Fazenda. De acordo com denúncia feita à revista “Época”, uma empresa de 7545942560_19c3e7b50f_bassessoria de imprensa contratada pela pasta teria pago propina ao chefe de gabinete do ministro Guido Mantega e mantinha inúmeros funcionários fantasma. O esquema foi delatado por uma ex-secretária da empresa usada como laranja.

Ainda no último fim de semana, quando a revista publicou reportagem detalhando o esquema, o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), criticou o que chamou de “mais um escândalo envolvendo o governo do PT” e afirmou que irá “acompanhar com lupa a investigação e cobrar resultados”.

Play

Segundo a revista, o chefe de gabinete de Mantega, Marcelo Fiche, e o chefe de gabinete substituto, Humberto Alencar, são acusados de receber R$ 60 mil em dinheiro vivo da Partners, que usava a secretária Anne Paiva para repassar os valores aos dois assessores.

A Polícia Federal e o próprio ministério já vinham investigando o caso. No Senado, o líder tucano, Aloysio Nunes, protocolou requerimentos pedindo informações à pasta sobre o contrato com a Partners e convidando os envolvidos a prestar esclarecimentos. Além disso, há indícios de que o contrato era superfaturado.

Para o deputado Vanderlei Macris (SP), a denúncia envolvendo o alto escalão do ministério é o cúmulo do processo de corrupção que corrói o governo do PT. “Isso é lamentável e vai mostrando que a corrupção é endêmica no governo. Foi exatamente depois que o PT assumiu o poder que tivemos o Brasil na lama do ponto de vista internacional. Se juntarmos todos os fatos denunciados, veremos que o período de maior corrupção da história do país é esse”, disse.

O parlamentar afirma que as instituições acabaram se desmoralizando. “Precisamos de uma investigação profunda, que envolva as comissões de fiscalização no Congresso, a Polícia Federal, o Ministério Público e todos os órgãos de controle para apurar os fatos”.

9678087081_43eae86611_bPara Macris, não há dúvida da conivência com irregularidades dentro do governo. “A não demissão, mesmo constatados os fatos de corrupção, é uma prova cabal de que há comprometimento de autoridades maiores com tudo isso. Vamos exigir uma investigação ainda mais profunda, pois quem tiver de pagar por isso, que pague. A população está cansada desse tipo de coisa”, alertou o deputado.

Já Plínio Valério (AM) afirma que a corrupção bate às portas do principal ministério da República. “É um caso gravíssimo, como tantos outros. É a forma do PT de governar com corrupção de ponta a ponta”, disse, ao defender apuração e punição para os envolvidos.

Segundo a denúncia feita por Anne Paiva, o diretor da empresa que prestava serviços para o ministério, Vivaldo Ramos, fez pelo menos quatro depósitos em sua conta bancária e pediu para que ela sacasse o dinheiro e entregasse aos assessores de Mantega. Documentos obtidos por Época mostram que a Partners mantinha na relação de funcionários alguns jornalistas que prestavam serviços para outros órgãos e não para o Ministério da Fazenda. Em média, a empresa recebe R$ 329 mil mensais da pasta e afirma gastar R$ 105 mil com salários. Na realidade, os documentos revelam que a empresa gastou apenas R$ 63.700 com salários.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Francisco Maia)

Compartilhe:
19 novembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *