Rumo à transparência
Tucanos defendem aprovação rápida do voto aberto para impedir situações vexatórias
Os deputados Marco Tebaldi (SC) e Plínio Valério (AM) defenderam nesta segunda-feira (18) o voto aberto em todas as deliberações do Congresso Nacional. A mudança vem sendo cobrada há tempos por tucanos e ganhou atenção com a prisão de mensaleiros no fim de semana. Os parlamentares destacaram a importância das Propostas de Emenda à Constituição que acabam com o voto secreto. A aprovação das PECs impediria situações vexatórias como a dos deputados Jose Genoino (PT-SP) e Natan Donadon (sem partido-RO).
A PEC 349/01, que acaba com o voto secreto em todas as esferas do Legislativo, está na pauta do plenário do Senado nesta terça-feira (19). A proposta foi aprovada em primeiro turno na última quarta-feira (13). Já a PEC 196/12, que acaba com o voto secreto em processos de cassação de parlamentares, foi aprovada pelo Senado e aguarda deliberação do plenário da Câmara. A matéria é de autoria do senador Alvaro Dias (PR) e foi relatada na comissão especial pelo deputado Vanderlei Macris (SP).
Para Tebaldi, o fim do voto secreto garante transparência. “O voto aberto é um grande avanço rumo à transparência para evitarmos esses problemas de deputados condenados que foram absolvidos pelo plenário encoberto pelo voto secreto”, afirmou.
O deputado defendeu o fim do voto secreto em todos os casos. “Seria um grande retrocesso se nós não aprovássemos esse projeto. Eu defendo que o voto aberto seja aprovado em todos os níveis, inclusive na apreciação dos vetos e na indicação de pessoas para ocuparem cargos que exijam sabatina”, apontou.
De acordo com Plínio Valério, o voto aberto vai impedir que deputados condenados sejam absolvidos pelo plenário. “Essa é uma reivindicação do PSDB e foi preciso que acontecesse essa história do mensalão para que todos vissem que nós estávamos com a razão. Com o voto aberto, nunca mais um deputado corrupto vai ser absolvido”, declarou.
Segundo o tucano, o fim do voto secreto para a análise de vetos e a votação para a escolha de ministros e autoridades enfrenta resistência. “O desejo é que seja voto aberto para tudo, mas a expectativa é que o voto secreto para vetos e para escolha de ministros seja mantido”, disse.
(Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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