Smart grid


Deputados cobram plano de metas para instalação de rede elétrica inteligente

Em audiência nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia da Câmara sobre a implantação das redes elétricas inteligentes, parlamentares tucanos pediram ao governo federal que elabore um plano de metas 7091045321_d6c4a87279_bpara instalação do novo sistema no Brasil. Acreditam que a medida vai gerar benefícios à população, como o combate à ineficiência dos serviços prestados e a redução na tarifa de energia. Na opinião do deputado Eduardo Azeredo (MG), o país está preparado para receber a nova tecnologia, mas é preciso vontade política por parte da administração pública.

“Eu acredito que o governo deveria fazer um plano de migração dos medidores atuais para os medidores eletrônicos, com metas claras nesse sentido”, disse. “É um projeto importante para o futuro do Brasil. Os smart grids procuram exatamente ter uma distribuição de energia elétrica mais econômica, que traga maiores benefícios para a população e diminua a perda de energia”, disse.

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Uma rede elétrica inteligente, chamada de smart grid, utiliza tecnologia digital de monitoramento em tempo real e a comunicação de mão dupla entre a casa do consumidor e a concessionária. O mercado acredita que o sistema modificará radicalmente a forma como se faz a distribuição, o consumo e o controle da energia elétrica. Para o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone de Nóbrega, o coração do smart grid é o medidor eletrônico, instrumento que permite leituras mais precisas da conta de luz e pode “dialogar” com a central da distribuidora, informando a localização de um eventual problema na rede.

9723359073_ab799fd571_bPara o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Paulo Abi-Ackel (MG), é essencial definir ações legislativas para alavancar o projeto. “Cada vez mais fica evidente a necessidade de geração de energia com maior economia, energia limpa. Sistemas mais apurados, com a tecnologia avançada para otimizar e dinamizar o consumo, além de diminuir a geração”, avaliou.

Pela estimativa do secretário de Inovação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Nelson Fujimoto, serão necessários investimentos de US$ 32 bilhões para instalar 70 milhões dos novos medidores no Brasil. O mercado acredita que atualmente existam 65 milhões de aparelhos tradicionais. Enquanto o modelo comum tem um tempo de vida de 25 anos, o novo tem duração menor, estimada em 13 anos. Na opinião de Azeredo, o governo federal precisa implantar uma política para reduzir os custos dos novos medidores.

O deputado conclui que é prematuro dizer quando esse modelo será realidade no Brasil. Temendo que a proposta não passe de nova promessa, Azeredo acrescenta que o governo do PT se especializou em anunciar projetos, criar expectativas na sociedade e abandoná-los pela metade. “Tememos pela lentidão do governo”, disse.

(Reportagem: Gabriel Garcia/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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13 novembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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