Exagero

Izalci critica descompasso entre gastos e arrecadação no governo Dilma

Em pronunciamento na tribuna da Câmara nesta sexta-feira (1), o deputado Izalci (DF) demonstrou grande preocupação com os rumos do país. Segundo ele, há o risco de a presidente Dilma levar o Brasil à falência. O tucano lembra que há muito tempo a oposição vem alertando para os excessivos gastos do governo.

De acordo com o parlamentar, hoje o governo gasta mais do que arrecada, por isso não tem capacidade de investimento. “Existe um descompasso completo entre despesa e receita. Está aqui o rombo de R$ 9 bilhões agora, no mês de setembro. A despesa do nosso país, em 2012, era de R$587,7 bilhões. Em 2013, houve um aumento de 13,5% da despesa total, foi para R$666,9 bilhões. Agora, o que aconteceu com a receita? A receita também subiu, mas não na mesma proporção. A Secretaria da Receita Federal já chegou ao ápice da arrecadação”, afirmou.

O governo da presidente Dilma deveria ter com os investimentos a mesma competência que tem para arrecadar. “Infelizmente, de forma muito clara, o governo não tem nenhum interesse em controlar as suas despesas”, constatou.

Segundo o parlamentar, o governo petista não consegue mais driblar a contabilidade com maquiagem de números e dados artificiais. Atualmente, o Brasil está entre os países emergentes com uma das maiores dívidas bruta do mundo. Baseado no PIB, o Egito deve 80,2%, a Jordânia 79,6%, a Hungria 79% e o Brasil é o quarto, com 68,5% do PIB em dívidas.

Para ele, é preciso ter equilíbrio. “Entre a receita e a despesa deve sobrar alguma coisa. Primeiro para investimento, segundo para pagar dívidas. E o que está acontecendo agora? Não dá conta de pagar nem a despesa e, com isso, não tem como pagar a dívida”, diagnosticou.

Izalci disse que os investidores não acreditam mais no governo. Ele destacou ainda que é preciso acabar com o inchaço da máquina pública feito para acomodar a companheirada. “São 39 ministérios. O que nós precisamos é fazer o dever de casa, e o Brasil está perdendo, conforme os dados dos últimos meses. A cada dia há mais desconfiança na economia brasileira, que não tem credibilidade internacional”, ressaltou.

 (Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)