Fim do sigilo

Comissão especial aprova relatório de Macris sobre o voto aberto para perda de mandato

Por unanimidade, foi aprovado nesta quarta-feira (30) o relatório do deputado Vanderlei Macris (SP) à PEC do senador Alvaro Dias (PR) que estabelece voto aberto para cassação de parlamentares. Da Comissão Especial, a PEC do Voto Aberto (196/12) segue para votação em dois turnos no plenário da Câmara. Se aprovada sem modificações, segue para promulgação.

Macris diz que o Congresso precisa atender o clamor das ruas. Segundo ele, o eleitor tem que saber como vota o seu representante. “Essa é a grande demanda da sociedade. Eu já tenho posição firmada, entendo que o voto aberto deve ser para todas as modalidades. Mas temos que avaliar qual é a demanda hoje da sociedade”, frisou.

O tucano afirmou ainda que as pessoas exigem transparência dos parlamentares. “Hoje a demanda é por transparência. Como você pode imaginar um deputado deixar de mostrar o seu voto na cassação de um parlamentar por corrupção ou manter o mandato de um deputado preso? Não tem sentido isso”, condenou. Macris classificou o episódio do deputado Natan Donadon como um desgaste insuperável para a Câmara.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) disse que o PSDB defende o voto aberto porque isso representa a vontade popular diante de tantos problemas com parlamentares nos últimos tempos. “Queremos o voto aberto para o processo de cassação de parlamentares e outras situações no Congresso Nacional. Então temos uma posição muito firme. Se tivéssemos o voto aberto para cassação, o Congresso não teria sofrido um desgaste tão grande quanto sofreu nestes últimos anos”, frisou. Segundo ele, o fim do voto secreto será uma grande conquista do povo brasileiro.

O deputado Vanderlei Macris espera que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), coloque a proposta em votação na próxima semana, conforme acordo pré-estabelecido.

(Reportagem: Artur Filho/Foto: Alexssandro Loyola/Vídeos: Hélio Ricardo/Áudio: Elyvio Blower)