Realidade brasileira, por Bonifácio de Andrada
Vários episódios dominam a vida política e social do país. Todavia, o que constitui o fato mais grave são as agitações violentas nas grandes cidades, provocando conflitos com a polícia e, às vezes, depredações contra bens particulares e públicos. Verifica-se, ainda, que nas principais cidades do país e, em especial, nas capitais, os episódios de subversão da ordem vêm se multiplicando, como atestam as informações jornalísticas e os noticiários das TVs.
Tais ocorrências representam uma tendência perigosa, que vem sendo sentida pela população, principalmente no que se refere aos reflexos que podem ter no tocante à tranquilidade pública. Tais fatos – lamentáveis e de grande risco – nos revelam que o país está vivendo momentos de falta de autoridade e de deficiências na manutenção da ordem, o que provoca não só o mal-estar da população, mas ainda generalizadas revoltas naqueles que se sentem atingidos por esse ambiente de instabilidade social.
É curioso que esses fatos, que não ocorreram no governo de Lula, e muito menos na época de Fernando Henrique Cardoso, eram constantes no governo do ex-presidente Collor e, em tempos anteriores, no governo de João Goulart.
A Presidência da República e seus principais auxiliares têm o dever de focalizar tais questões que ameaçam a paz pública, reconhecendo-os como obstáculos sérios à normalidade política e social, de modo que possa tudo ser superado em favor do bem-estar em todo o país.
Infelizmente, apesar de as autoridades e lideranças responsáveis terem plena consciência dessas sérias questões, que se multiplicam pelas capitais do país, ao lado das greves e de outros tipos de desordens, o que estamos presenciando é que há uma verdadeira irresponsabilidade dos governantes, procedimento que não pode ter continuidade num país com o progresso já alcançado pelo nosso povo.
Por Bonifácio de Andrada (MG)
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