Futuro do país
No Dia dos Professores, tucanos cobram valorização e respeito com profissionais da educação
No Dia dos Professores, comemorado nesta terça-feira (15), deputados do PSDB homenagearam os educadores e defenderam a valorização dos profissionais responsáveis pela formação dos brasileiros. Durante sessão solene realizada pela Câmara, os tucanos apontaram os pontos fracos da educação e destacaram que a valorização do professor é um dos principais requisitos para o avanço do país.
O líder da Minoria, deputado Nilson Leitão (MT), acredita que a educação nacional ainda pode crescer muito. “Qualquer profissional precisa de um professor para ser bom”, destacou. Para ele, esse é o momento de se discutir o futuro, não as conquistas do passado. “A educação não tem partido e precisa ser debatida”, disse.
Mais do que verbas, o setor necessita de gestão eficiente para obter resultados. “Não quero saber se foram gastos 25% de nossos recursos, mas se de fato o dinheiro aplicado trouxe resultados”, afirmou.
Uma das razões pelas quais o Brasil tem aparecido sempre nas últimas posições de rankings sobre educação é a desvalorização dos professores, segundo Leitão. “Um bom profissional tem que estar motivado para motivar os alunos. Faltam projetos pedagógicos bem definidos, infraestrutura, equipamentos, e ninguém quer discutir isso”, criticou.
O deputado Izalci (DF) alertou para a frequência de casos de professores tratados com violência física e moral. “A inversão de valores neste país é algo assustador”, lamentou, ao ressaltar que os salários e condições de trabalho precisam melhorar. “Como podemos exigir que os alunos tratem com respeito os professores se o Estado os trata como se fossem bandidos?”, questionou.
O parlamentar cobrou a valorização dos professores. “Nosso país não pode continuar tratando a educação como se fosse uma mercadoria que se compra na esquina”, disse. Izalci ressaltou que, graças ao trabalho dos professores e de um ensino de qualidade, é possível ter profissionais preparados para o mercado de trabalho.
“É preciso valorizar o professor com planos de cargos e carreiras justos e salários decentes. Estamos há três anos sem o Plano Nacional de Educação, mesmo já estando aprovado pela Câmara”, criticou, ao afirmar que falta atitude e do governo para fazer com que os 10% do PIB destinados ao setor possam realmente sair do papel, assim como os royalties do pré-sal.
Para Eduardo Barbosa (MG), é lamentável que a sociedade tenha, progressivamente, deixado de encarar o professor na sua verdadeira dimensão. Como lembra, o professor é quem dissemina o saber e proporciona oportunidades de crescimento pessoal e profissional. “É ele quem informa e orienta, estimula o pensamento crítico e o olhar social, quem corrige desvios de conduta e prega a ética e a solidariedade”
“A educação brasileira esvaziou-se assustadoramente nos últimos anos. Estamos na contramão de países como os tigres asiáticos, que se tornaram líderes mundiais em tecnologia, ciência e inovação. Enquanto isso o Brasil vive o apagão da mão de obra e se contenta com o mínimo. Ao mesmo tempo o ensino privado cresce e o público definha sem qualidade”, lamentou.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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