Atendimento suspenso

Líderes querem informações sobre uso de helicóptero de socorro da PRF pela ministra Ideli

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e o líder da Minoria, Nilson Leitão (MT), protocolaram requerimentos pedindo informações a autoridades sobre o uso de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ela usou a aeronave durante compromissos em Santa Catarina, sua base eleitoral, entre 2011 e 2013.

Os tucanos querem explicações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria ministra. Sampaio solicita a lista das requisições do helicóptero com data, horário e integrantes da tripulação dos voos realizados por Ideli.

Segundo reportagem do “Correio Braziliense”, o equipamento é conveniado ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e conta com maca, tubo de oxigênio e materiais de primeiros socorros. À disposição de Ideli, o helicóptero tem os equipamentos retirados e a escala de atendimento de urgência suspensa. “O PT insiste em confundir sua atuação como governo e suas campanhas políticas e isso pode ser tolerado”, explica o deputado.

O jornal revelou que, no dia 25 de janeiro deste ano, a maca foi retirada porque a ministra precisava da aeronave. Pela manhã, ela se deslocou no helicóptero até a cidade de Laguna, distante 130km de Florianópolis.

Contratos da Saúde
Leitão também solicitou providências da Mesa quanto à falta de resposta do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para um requerimento de informações protocolado em 2 de julho pelo tucano. O líder da Minoria solicitou dados de contratos assinados pela Subsecretaria de Assuntos Administrativos da pasta. “É um absurdo um ministro ignorar um pedido desta Casa, que representa os anseios do povo, mesmo sabendo que a não resposta decorre em crime de responsabilidade”, reclama o líder e autor do requerimento.

Segundo o regimento interno, a recusa ou a falta de resposta no prazo de 30 dias implica em crime de responsabilidade. “O ministro da Saúde o prazo regimental para responder e nada. A falta de resposta acaba gerando mais dúvidas. Quem não deve não teme” finalizou Nilson Leitão.

(Da Redação com assessoria da Minoria/ Foto: Wilson Dias/ABr)