Atendimento suspenso


Macris cobra explicações sobre uso indevido de helicóptero pela ministra Ideli Salvatti8596475730_d74b1ac30e_b

O uso de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em missões oficiais a Santa Catarina precisa ser investigado e punido, avaliou o deputado Vanderlei Macris (SP). O tucano cobrou explicações sobre o caso e disse que a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Comissão de Ética da Presidência da República precisam se posicionar em relação à denúncia.

De acordo com o deputado, é injustificável que a ministra utilize uma aeronave destinada a serviços de emergências médicas em todas as vezes que visita sua base eleitoral. Ideli deve disputar as eleições do próximo ano.

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Segundo denúncia do jornal “Correio Braziliense”, Ideli faz uso do helicóptero, que é o único da PRF no estado, em missões no estado. Destinado primordialmente à remoção de pacientes graves, o helicóptero tem os equipamentos usados em serviço, como maca e tubo de oxigênio, retirados quando a ministra precisa do transporte. Por conta disso, os atendimentos de emergência são suspensos.

“Não tem nenhuma explicação plausível para atitudes dessa natureza. É algo deplorável essa utilização. A ministra precisa pagar por isso. Ela não pode usar um instrumento da saúde pública para atender seus interesses pessoais. Ela está absolutamente privada dessa possibilidade e merece punição”, aponta Macris.

Em um dos voos, em 25 de janeiro deste ano, a maca foi retirada da aeronave. Pela manhã, a ministra se deslocou no helicóptero até a cidade de Laguna, distante 130km de Florianópolis. Foi acompanhar a assinatura de uma ordem de serviço e verificar trabalhos de transposição do Túnel do Morro do Formigão. Em outra ocasião, a aeronave ficou à disposição da ministra das 9h às 18h.

A oposição já cobrou publicamente explicações e punição para a atitude de Ideli. O senador Alvaro Dias (PR) afirma que a Comissão de Ética Pública precisa se posicionar sobre a situação. “É mais um caso de utilização indevida de um bem público. Ficou claro que existe o componente eleitoral. Isso não é ético. É um abuso de poder.”

Para Macris, não há dúvidas da utilização indevida de instrumentos do Estado para benefício pessoal. “Ficou muito claro que ela usa instrumentos do Estado, que deveriam estar à disposição da população, em prol de interesses políticos. Essa é uma atitude deplorável. Não é possível conviver com isso em um país onde a sociedade repudia e estabelece uma repugnância a atos dessa natureza praticados por servidores públicos”, concluiu.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: / Áudio: Elyvio Blower)

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8 outubro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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