Evitar o caos

Andreia Zito quer dados do Ministério do Planejamento sobre o déficit de profissionais no Inca

A deputada Andreia Zito (RJ) apresentou requerimento nessa quarta-feira (2) pedindo informações à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, quanto às ações de autorização para realização de concurso público na Carreira de Ciência e Tecnologia em substituição a terceirizados irregulares, no âmbito do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e de autorização para provimento de cargos públicos.

De acordo com a parlamentar, em 28 de agosto de 2012 a ministra esclareceu que o objetivo da criação de cargos da Carreira de Ciência e Tecnologia para o INCA seria  promover a substituição da totalidade da força de trabalho terceirizada contratada em desacordo com a legislação por intermédio da Fundação Ary Frauzino, responsável por fornecer profissionais ao hospital há 20 anos.

O Inca, centro de referência no tratamento, pesquisa e prevenção do câncer, poderá enfrentar grave dificuldade nos seus serviços no fim deste ano por causa da falta de pessoal. O instituto, que precisa de 4 mil profissionais para operar em plena capacidade, tem atualmente um déficit de 900 funcionários, foi o que divulgou o jornal “O Dia”, citado por Zito em seu pedido de informação.

Conforme o jornal apurou, o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, afirmou que cerca de 600 funcionários vão ter que ser demitidos, e a perspectiva de repor o quadro, que seria por meio de concurso, não tem data para sair.

Ainda de acordo com o jornal, o ‘caos’, como a própria direção do instituto caracterizou, acontecerá quando o Inca rescindir, em dezembro, o convênio com a Fundação Ary Frauzino. A decisão de suspender o contrato foi dada pelo Tribunal de Contas da União em 2006.

 (Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola)