Mudança no perfil de idade


Em seminário, Barbosa defende adoção de políticas públicas para atenção ao idoso10039417586_6dbd70467d_b

Durante o seminário “Um olhar atualizado sobre a velhice”, na Comissão de Seguridade Social e Família, o deputado Eduardo Barbosa (MG) alertou para a necessidade de avançar nas políticas públicas direcionadas ao idoso. O evento discutiu os impactos da mudança no perfil de idade da população brasileira. O tucano ressaltou a importância de debater o tema, principalmente no momento em que são comemorados os dez anos do Estatuto do Idoso.

O Brasil está envelhecendo muito rápido, mas não está preparado para isso. Segundo o parlamentar, há uma mudança no perfil demográfico do país – e isso se torna cada vez mais evidente. Ele lembrou as projeções do IBGE de que a população com idade superior a 65 anos deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), até 2060. A expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos.

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“É preciso trabalhar um processo de qualidade de vida, de envelhecimento saudável, mas as políticas públicas terão que se preparar para termos uma resposta necessária para aqueles que vão necessitar de ações mais efetivas no apoio aos idosos”, afirmou. Há carência, por exemplo, na política de  cuidadores. “Esse é um grande gargalo.”

Barbosa alertou ainda para a necessidade de estudos e pesquisas na área de geriatria voltada para deficientes. Segundo o tucano, esse é um público que também carece de cuidadores. Não há financiamento de políticas públicas e faltam profissionais qualificados. “É um tema que precisa ser despertado”, completou.

Presente no seminário, a coordenadora da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) e presidente do Conselho Estadual do Idoso do Rio de Janeiro, Sandra Rabello, destacou a importância de uma legislação específica. Ela defendeu a adoção de políticas públicas no sentido de melhorar a qualidade de vida da população idosa. Defendeu ainda a qualificação e regulamentação dos cuidadores.

“A população tem que estar ciente do processo de envelhecimento. É preciso adotar programas sobre envelhecimento para que a sociedade quebre o mito da velhice negativa. É preciso entender que o envelhecimento é natural e faz parte de todo o processo. É preciso que os investimentos do Estatuto do Idoso garantam à população o conhecimento sobre o processo de envelhecimento”, afirmou a coordenadora durante o debate.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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1 outubro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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