Audiência pública


Andreia Zito garante que votará a favor da regulamentação dos designers de interiores

A pedido da deputada Andreia Zito (RJ), a Comissão de Trabalho da Câmara realizou audiência pública que debateu a regulamentação da profissão de designer de interiores. A tucana é relatora do projeto de lei 4692/12, que trata do tema. Ao final do debate ela afirmou ser favorável à regulamentação.

“Não me convenci de que não se deve regulamentar, mas pelo contrário, é importante sim. Eles precisam ser valorizados, pois até aqui não são reconhecidos como profissionais, mesmo sendo”, destacou a parlamentar.

Dezenas de profissionais da área lotaram o plenário 12 da Câmara e assistiram atentamente às explicações de representantes do setor e também do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, Haroldo Pinheiro Villar de Queiroz. Parte dos arquitetos é contra o reconhecimento da profissão de designer por entender que a atividade é inerente à deles.

“São profissões diferentes. Não adianta pensar que uma está atropelando a outra porque não está”, resumiu Andreia Zito ao final do debate. Ela ressaltou que está disposta a ouvir as reivindicações do Conselho de Arquitetura e pode promover mudanças no projeto de lei que relata, caso necessário. “Deve haver essa harmonia e posso sim fazer alguma mudança. Mas meu voto será pela aprovação do projeto”, destacou.

Para a deputada, o debate foi proveitoso e elucidou dúvidas sobre as atividades desses profissionais. Já o autor da proposta, deputado Ricardo Izar (PSD-SP) lembrou que a profissão existe há 100 anos e há 30 existem cursos reconhecidos pelo MEC. Segundo ele, a arquitetura um dia foi regulamentada e continuou convivendo com a engenharia.

Bianca Mugnatto, vice-presidente da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), afirmou que os profissionais enfrentam uma situação difícil porque querem trabalhar e muitas vezes são impedidos por barreiras existentes graças à não regulamentação da atividade. “Não é estética pela estética. Temos preocupações maiores e com a vida do ser humano”, disse.

Nesse mesmo sentido, a professora Nora Geoffroy, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ressaltou que os designers pensam os ambientes de forma a ajudar o ser humano com suas individualidades. Os espaços devem ser facilitadores do cotidiano. “Tenho a certeza de que ainda vou ver essa regulamentação acontecer e meus alunos poderão trabalhar sem medo. É algo que dá mais confiança a quem contrata por parte de que tipo de profissional está contratando, mas também para o profissional que sabe como pode atuar”, disse.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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17 setembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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