Dinheiro pelo ralo


Tucanos condenam inchaço da máquina pública promovido pelo governo petista

Os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e João Campos (GO) condenaram o inchaço da máquina pública nas gestões do PT, o que aumenta o gasto com custeio. Segundo a “Folha de S. Paulo”, o número de funcionários das estatais controladas pelo Tesouro Nacional aumentou em 40 mil entre o final de 2010 e abril deste ano. Os dados são do Ministério do Planejamento. Para se ter uma ideia, a Ambev emprega cerca de 45 mil pessoas.

Atualmente, as empresas federais com receita própria contam com cerca de 500 mil funcionários, contra 339 mil em 2002, último ano de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Play

Os altos números aparecem em todas as esferas do governo.  A Esplanada já não consegue abrigar os 39 ministérios, que consomem anualmente cerca de R$ 58 bilhões, mais que o dobro do valor aplicado no Bolsa Família. O funcionalismo público federal reúne quase 1 milhão de servidores ativos e inativos.

Para Mendes Thame, este gasto é emblemático. “É algo que realmente choca, causa um grande impacto. Mas muito pior do que tudo isso é o aumento no número de funcionários. E o gasto vai aumentando a cada ano com o custeio da máquina. Não é um gasto em investimento público, é um dinheiro que vai embora pelo ralo”, afirmou.

Na avaliação do tucano, o PT implantou a cultura de inchar a máquina pública sem aumentar a eficiência. “Há uma cultura no seio do PT e dos partidos que apoiam o governo de que deve haver uma presença maciça do Estado. O apadrinhamento é apenas um dos elementos dessa cultura”, destacou.

Para João Campos, a prática de aumentar o número de ministérios e de companheiros apenas serviu para ampliar os gastos públicos. “Isso aumento o custo e não melhora a eficiência. Não temos melhores resultados e o Brasil não avança. Mas infelizmente essa é uma característica do PT de aparelhar o poder público com os companheiros. Essa é uma visão atrasada que compromete não só a administração, mas o próprio Estado”, disse.

Nas redes sociais, o deputado Duarte Nogueira (SP) afirmou que esse contingente de servidores públicos federais resulta em mais cabides de emprego e gestão ineficiente. Com isso, o contribuinte paga a conta e o governo ainda empata a vida de cada cidadão.

Reengenharia

-> Em fevereiro de 2012, parlamentares do PSDB levaram ao Planalto uma proposta de reengenharia administrativa. Entre outras coisas, os tucanos sugeriam o enxugamento de 38 para 31 estruturas ministeriais, na redução de 20% das despesas de custeio e de, no mínimo, 20% do número de cargos em comissão do grupo DAS (Direção e Assessoramento Superiores). As medidas poderiam produzir uma economia de, no mínimo, R$ 3,348 bilhões/ano. Mas, o governo foi na contramão e criou mais um ministério: o da Micro e Pequena Empresa.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: / Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
16 setembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *