Prática corriqueira

Projeto de Feldman que autoriza trânsito de motos entre carros parados é encaminhado para Comissão de Viação e Transporte

Projeto de lei (3886/12) do deputado Walter Feldman (SP) autoriza o trânsito de motocicletas entre veículos em fila parados por conta de sinal luminoso, cancela ou outro obstáculo. A velocidade máxima para ultrapassar veículos no corredor sugerida pelo tucano é de 20 quilômetros por hora ou na velocidade da via, se for menor. Para o deputado, há tempos a sociedade enfrenta problemas no trânsito por causa da quantidade de veículos, o que tem levado a mudanças de comportamento dos condutores.

De acordo com Feldman, diante do trânsito caótico nos grandes centros, a sociedade passou a utilizar ainda mais as motos. “As motocicletas passaram a ser utilizadas com mais frequência, em maior quantidade e ocupando mais espaço no trânsito. Outro fator que contribuiu para o cenário narrado é o cada vez mais intenso uso de entregas rápidas por meio de motocicletas. Um dos questionamentos comumente feitos é quanto ao perigo decorrente da condução de motocicletas e motonetas entre fileiras de carros, formadas em semáforos e engarrafamentos”, observou.

Segundo o parlamentar, na visão de boa parte da população, essa atitude deveria ser reprimida, pois reflete imprudência e irresponsabilidade dos motociclistas. O deputado diz que a condução de motos entre fileiras de carros parados nos grandes centros é uma realidade. “Entretanto, também é certo que ela não pode tornar o trânsito mais inseguro. Se existe a necessidade de condução entre as fileiras de veículos parados, deve haver regulamentação e limitação”, afirmou.

O projeto de lei pretende acrescentar um dispositivo ao Código Brasileiro de Trânsito para confirmar a aceitação da condução de veículos motorizados de duas rodas entre os demais veículos parados em filas nas vias públicas, mas de forma que se reduza ao máximo os perigos para a sociedade, por meio da limitação da velocidade.

(Reportagem: Artur Filho/ Valter Campanato/ABr/ Foto: Alexssandro Loyola)