Cadeia para os réus


Supremo deve manter penas e colocar mensaleiros condenados atrás das grades, cobra Dudimar

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nessa quinta-feira (5) análise do primeiro lote de recursos do maior julgamento de sua história e rejeitou a possibilidade de redução, nessa fase, das penas aplicadas aos principais condenados no mensalão. Entre os réus estão o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. A população brasileira espera ansiosa a conclusão do processo.

Na avaliação do deputado Dudimar Paxiúba (PA), chegou a hora de o Supremo mostrar para a sociedade que fará o seu papel. O parlamentar espera que os próximos  embargos infringentes sejam negados e os condenados finalmente cumpram as penas. “O Supremo deve colocar atrás das grades os criminosos do colarinho branco”, exige o tucano.

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Ao todo, foram quatro meses e meio de julgamento no ano passado para a condenação de 25 réus. Outras quatro semanas foram necessárias, neste ano, para a apreciação do primeiro lote de recursos. Na próxima quarta-feira (11), o STF vai decidir se rejeita ou não a possibilidade de novos recursos.

“O que se espera do Supremo é que a análise desses recursos seja na direção de manter a decisão anteriormente já proferida no processo. Ou seja, que o STF confirme a pena, que não haja a diminuição do tempo definido e que, consequentemente, possamos ver os condenados cumprindo a pena”, defendeu o tucano.

Uma postura exemplar do Supremo será nesse sentido: colocar atrás das grades os famosos criminosos do colarinho branco, reiterou o tucano. “Vamos aguardar que prevaleça o bom senso e que os ministros possam fazer justiça”, concluiu.

Pelo Facebook, o deputado Jutahy Junior (BA) disse esperar que na próxima semana o presidente do STF tenha maioria para encerrar o julgamento. “Esta é a expectativa dos brasileiros que lutam contra a impunidade. Joaquim Barbosa já votou contra os embargos infringentes.”

Havia a possibilidade de encerramento ontem do julgamento, já que a corte começou a analisar se é cabível ou não o segundo e último lote de recursos. Eles pedem novo julgamento no caso de 12 condenações por placares apertados. Os ministros, contudo, decidiram dar mais prazo para os advogados.

Joaquim Barbosa, chegou a dar voto contrário à legalidade desses recursos, chamados de embargos infringentes, mas a sessão foi interrompida após Luís Roberto Barroso sugerir que o STF recebesse até terça memoriais dos advogados em defesa dos recursos.

→ Com a conclusão da análise do primeiro lote de recursos, só dois condenados conseguiram reduzir penas de prisão: o ex-sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg e o ex-assessor do PP João Cláudio Genu, que agora têm chance de trocar o regime semiaberto pela prestação de serviços comunitários.

→ Se rejeitados os próximos embargos infringentes, como é mais provável, já não caberão mais recursos aos réus e o processo do mensalão terá suas sentenças condenatórias transitadas em julgado.

→ José Dirceu cumprirá a pena de dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Já Genoino foi condenado a mais de seis anos.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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6 setembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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