Amplo alcance


Aplicação da PEC do Voto Aberto será automática em estados e municípios, destaca Sampaio
 
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), voltou a comemorar a aprovação, pela Câmara, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto em todas as deliberações do Legislativo. Em entrevista na manhã desta quinta-feira (5) à rádio Brasil Jovem Pan, de Campinas (SP), o tucano reforçou que a medida, se for também aprovada pelo Senado, passará a valer para todas as casas legislativas do País – Congresso Nacional, assembleias estaduais e câmaras municipais – “automaticamente”, sem necessidade de aprovação de legislação específica nos estados e municípios.
 
“Todas as casas terão de ter voto aberto em todas as discussões. Isso vai mudar, particularmente, a relação de representantes com representados. Os representados saberão como pensam e como votam seus representantes. Passa a haver uma relação de absoluta transparência”, disse Sampaio.
 
Ele voltou a criticar o voto secreto, contra o qual vem lutando desde que assumiu o primeiro mandato de deputado federal, em 2003. “O voto secreto é uma das maiores excrescências que existem no Parlamento brasileiro. Eu ingressei como deputado federal em 2003 e sempre integrei a frente nacional pelo voto aberto. Por uma questão bastante óbvia: se eu represento uma região e um Estado, não é possível que as pessoas que votaram em mim não saibam como eu voto nos momentos cruciais do país. Isso fere o princípio da transparência”, argumentou.  
 
Ele lembrou que foi o único deputado a ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Câmara que, na semana passada, manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado a mais de 13 anos de prisão por peculato e formação de quadrilha. “Foi uma vergonha o que aconteceu”, criticou. O ministro Luís Roberto Barroso concedeu liminar à ação de Sampaio e suspendeu a sessão que absolveu Donadon até o julgamento do mérito pelo STF.
 
Sampaio também voltou a cobrar postura dos parlamentares em relação aos “anseios da sociedade”. “Se a Câmara não ecoar toda a indignação da sociedade brasileira, de forma a mudar o estado de coisas, ela perdeu a razão de ser”, disse.  
 
Ouça abaixo a íntegra da entrevista:
 
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(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
 
 
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5 setembro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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