Projeto requentado


Proposta de plebiscito sobre reforma política quer desviar atenção do povo, acreditam parlamentares

O líder da Minoria na Câmara, Nilson Leitão (MT), e o deputado William Dib (SP) disseram nesta quarta-feira (28) que o governo federal quer desviar a atenção da sociedade ao recuperar o plebiscito sobre a reforma política, anunciado após as manifestações de junho. Líderes do PT, PDT, PSB e PCdoB protocolaram na Mesa Diretora da Câmara a proposta de consulta popular. Foram coletadas 188 assinaturas, apenas 17 a mais do que as 171 necessárias para a tramitação do projeto.

Para Dib, é inconcebível realizar o plebiscito a essa altura do campeonato. “Imaginar que um tema tão complexo pode ser factível de plebiscito é empurrar o problema ladeira abaixo. Não tem jeito de dar certo”, retrucou. O deputado acredita ser complicado fazer uma consulta popular envolvendo tantos temas. Outro problema é a falta de tempo para que a reforma seja discutida pela população e entre em vigor já nas eleições de 2014.

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Na avaliação de Leitão, seria interessante votar uma minirreforma eleitoral, não um plebiscito. O tucano diz que o projeto tem a finalidade de desviar a atenção da sociedade. “Na verdade é um engodo. Quem quer fazer a reforma política teve algumas oportunidades. O governo do PT está há 10 anos no poder. Nesse momento é impossível que um plebiscito resolva a reforma para 2014. É apenas mais uma peça publicitária para desviar o foco de outros assuntos. O plebiscito não resolve o problema da reforma política”, afirmou.

A reforma proposta pelos partidos teria que ser aprovada até 5 de outubro para valer em 2014. Apenas 4 partidos, dos 23 existentes no Congresso aderiram a proposta do plebiscito.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexsandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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28 agosto, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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