O retrocesso que salta aos olhos, por Luiz Nishimori


No dia em que o Impostômetro registra um trilhão de reais em impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais pagos por todos os brasileiros desde 1º de janeiro de 2013, vemos o país retroceder, sem perspectivas de melhoras.
 
Criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Impostômetro tem o objetivo de conscientizar a sociedade do quanto que se paga em impostos diariamente. Com a alta carga tributária, é registrado nesta terça-feira (27/08) um trilhão de reais em impostos pagos por nós brasileiros. Marca essa alcançada dois dias antes, quando comparado ao ano passado.
 
Desse valor, a maior arrecadação é referente ao ICMS (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS), com 20,66%, seguido pela contribuição previdenciária, O INSS com 18,02%, e o Imposto de Renda com 17,17%. Das regiões brasileiras, o Sudeste lidera o ranking de arrecadação com 63.52%, seguida da Região Sul com 13.41%.  O que nos intriga é a conversão desses tributos em políticas públicas, o que infelizmente não visualizamos.
 
Se por um lado o Governo Federal bate recorde de arrecadação tributária, a economia dá sinais claros de crise. Os programas de demissão voluntária deram largada, a TAM empresa aérea do grupo Latam Airlines, por exemplo, fará o corte de 811 postos de trabalho em meio à redução da oferta de voos no Brasil, a empresa argumenta os cortes, devido a alta significativa dos custos.
 
Outro exemplo que o desemprego bate a nossa porta é a demissão de 1,7 mil trabalhadores de empresas contratadas pela Petrobrás para as obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), motivo da dispensa, o não pagamento por parte da Petrobrás, que segundo a Multitek Engenharia, empresa terceirizada da estatal, a dívida chega a R$ 245 milhões.
 
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, o índice de Confiança da Indústria, o ICI, tem o pior nível em quatro anos, recuando 0,6 em agosto, para 99,0 pontos. De acordo com a FGV o índice revela o setor industrial em ritmo lento e com expectativas moderadamente pessimista. Tal queda dar-se por os estoques estarem excessivos, talvez por não haver vendas, assim, virando um ciclo vicioso.
 
Agora, os números mostram não só a estagnação da década Lulopetista, como o retrocesso na industria, a instabilidade da moeda, a pesada carga tributária, a economia doente, a educação em estado grave, e a saúde buscando em manobras inimagináveis sair do coma. O Brasil quer mais! O Brasil precisa ir para frente!
 
(*) Luiz Nishimori é deputado federal pelo PSDB do Paraná. (Imagem: reprodução – Impostômetro)
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28 agosto, 2013 Artigosblog Sem commentários »

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