Inovar o setor


Tucanos questionam representantes da indústria automobilística sobre resultados de incentivos

A pedido do deputado Bruno Araújo (PE), a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática promoveu nesta quarta-feira (28) audiência pública para debater os resultados do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto).

Para o tucano, os países com maior êxito no desenvolvimento econômico e melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) possuem uma relação com o desenvolvimento de pesquisa e inovação tecnológica. “Não há possibilidade de qualquer nação hoje alcançar esse nível esperando só com a prospecção de seus bens minerais ou vivendo de qualquer outro tipo de atividade”, comparou. 

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Araújo, que já presidiu o colegiado, citou a aprovação de incentivos fiscais para as empresas que investissem em inovação tecnológica. Ele questionou representantes das principais montadoras de veículos do país sobre a aplicação desses recursos importantes para a geração de emprego e renda. “Que nós possamos compreender o que de fato está acontecendo, se os recursos estão sendo aplicados; se de fato o governo brasileiro tem autorizado essa compensação; se isso aconteceu e em que programas as empresas estão investindo; e qual o resultado prático objetivo do retorno à população”, afirmou. 

Lançado em 2012, o Inovar tinha como objetivo criar condições de competitividade entre as empresas e incentivar a fabricação de veículos mais econômicos e seguros. Paulo Abi-Ackel (MG), presidente da comissão, indagou os expositores. “Será que a indústria realmente cumpriu o que foi acertado no projeto? No ano passado, nós vimos muitos incentivos, sobretudo via isenção de IPI. Mas a qualidade dos carros evoluiu na mesma medida?”, indagou.

O deputado Antonio Imbassahy (BA) abordou a queda acentuada nas exportações brasileiras de veículos e solicitou esclarecimentos para o representante da General Motors (Luiz Moan). “Quais seriam essas condições que o carro brasileiro não está atendendo, notadamente a questão da segurança. Acho realmente que é um assunto muito importante porque é o nosso interesse voltar a exportar”, perguntou. 

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota brasileira chegou à marca de 43.541.296 unidades em abril de 2013, um aumento de 42,4% frente ao mesmo período de 2008, quando o Planalto reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).

Participaram do debate os representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Volkswagen do Brasil; da General Motors do Brasil; e da Hyundai-Caoa. 

(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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28 agosto, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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