Moeda de troca


Izalci condena pressão do Planalto para impedir instalação da CPMI da Copa

O deputado Izalci (DF) lamentou a retirada de assinaturas de apoio à criação da CPMI da Copa, o que inviabilizou a instalação do colegiado. O requerimento para a abertura da comissão seria lido na sessão do Congresso dessa terça-feira (20). Os senadores Zezé Perrela (PDT-MG), João Durval (PDT-BA), Jayme Campos (DEM-MT) e Clésio Andrade (PMDB-MG), retiraram o apoio. Com isso, o requerimento acabou não atingindo o mínimo de 27 assinaturas necessárias no Senado. Os deputados Hélio Santos (PSD-MA) e Paulo Foleto (PSB-ES) também voltaram atrás.

Autor do pedido, o tucano criticou a pressão do governo para impedir a investigação sobre os desmandos nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo. Segundo ele, a promessa de cargos e de liberação de emendas parlamentares feita pela presidente Dilma convenceu os congressistas a recuar. “Ficou muito claro que o governo jogou duro e alguns parlamentares justificaram a retirada de assinaturas exatamente por isso”, disse. “É realmente frustrante. São tantos casos de corrupção, de irregularidades e a gente vê que o governo não tem interesse algum em transparência. Ele fez de tudo para impedir a apuração”, completou.

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Para Izalci, as CPIs estão sendo usadas como moeda de troca e instrumentos de pressão por parte do Planalto. “É lamentável. O governo não quer esclarecer ou dar transparência ao recurso público”, resumiu.

Diante disso, o deputado vai apresentar um projeto para inibir a retirada de assinaturas em requerimentos para a criação de comissões parlamentares de inquérito. “Com esse projeto eu espero que as pessoas pensem muito antes de assinar, mas depois que assinarem não retirem o apoio”, explicou.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

 

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21 agosto, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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