Farra que custa caro


Para tucano, manutenção da inchada máquina federal vai na contramão dos interesses dos brasileiros

Enquanto o povo está nas ruas exigindo melhorias na saúde, educação e segurança pública, o governo federal mantém intocada sua inchada máquina burocrática. Entre os integrantes da folha de pagamento da gestão petista, estão o "chefe de gabinete do chefe de gabinete pessoal da Presidenta da República" e o "coordenador na Coordenação da Coordenação-Geral de Produtividade do Departamento de Produtividade e Inovação da Secretaria de Competitividade e Gestão da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República". Para o deputado Valdivino de Oliveira (GO), esse tipo de postura vai a contramão das bandeiras levantadas nos protestos.

"O governo prefere gastar com burocracia, inchaço da máquina e criação de cargos. Enquanto o povo exige melhores serviços públicos, o Planalto, para controlar seus gastos, acaba tendo que cortar onde é essencial para a população”, reprovou o tucano nesta sexta-feira (2).  Ao todo são 39 ministérios, número considerado exagerado até mesmo pelo PMDB, principal "aliado" do governo petista. Para manter a máquina funcionando, são gastos R$ 611 bilhões por ano. São nada menos que 22 mil cargos de confiança – um recorde. FHC deixou o Planalto com 26 pastas. 

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Em fevereiro de 2012, parlamentares do PSDB levaram ao Planalto uma proposta de reengenharia administrativa. Entre outras pontos, os tucanos propuseram a redução de 20% das despesas de custeio e de, no mínimo, 20% do número de cargos em comissão do grupo DAS (Direção e Assessoramento Superiores). As medidas poderiam produzir uma economia de, no mínimo, R$ 3,348 bilhões/ano. No entanto, a sugestão não somente foi ignorada como de lá para cá a gestão petista só fez inchar ainda mais a Esplanada, criando órgãos como a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Apesar do fatiamento da estrutura governamental agradar aliados, Valdivino pondera que a sociedade exige qualidade dos serviços oferecidos, algo que não vem acontecendo com a expansão desenfreada do pessoal governamental. Segundo ele, a criação isso atrapalha os investimentos em outras prioridades. 

Dando exemplo de boa gestão, os governos tucanos de São Paulo (Geraldo Alckmin) e Minas Gerais (Antonio Anastasia) anunciaram recentemente o corte de gastos, a extinção e fusão de secretarias, dentre outras ações que seguem modelos inovadores da moderna administração. No estado governado pelo PSDB desde 1995, foi proposto no fim de junho corte de R$ 350 milhões em gastos de custeio, entre 2013 e 2014, sendo R$ 129,5 milhões este ano e R$ 226 milhões no ano que vem. Em Minas, as ações anunciadas nesta semana podem trazer economia anual de R$ 1,1 bilhão. Enquanto isso, Dilma teima ao insistir na não redução da sua máquina gigantesca. 

(Reportagem: Edjalma Borges/Foto: José Cruz – ABr/ Áudio: Elyvio Blower)

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2 agosto, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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