Revisão de despesas


Gestão petista faz maquiagem até em números do corte de gastos, critica César Colnago

O deputado César Colnago (ES) criticou nesta terça-feira (23) o governo federal por anunciar um corte de gastos que na verdade diz respeito à revisão de despesas. O tucano destaca ser necessário reduzir os custos para ajudar a economia, mas afirma que o governo fez uma maquiagem nos cortes. Ontem, o Planalto anunciou uma redução de R$ 10 bilhões nas despesas orçamentárias. Mais da metade do bloqueio, contudo, refere-se à revisão de despesas ou ao adiamento de gastos, ou seja, não é uma economia efetiva.

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Dentro desses R$ 10 bilhões, a maior contribuição (R$ 4,4 bilhões) vem da revisão dos repasses que o Tesouro é obrigado a fazer ao INSS para compensar perdas com as desonerações da folha de pagamento promovidas pela Fazenda. A informação é da “Folha de S.Paulo”. “Até nos cortes eles fazem maquiagem. Costumo dizer que anunciam o que nunca acontece”, alerta Colnago.

O anúncio se deu após pressões para promover um ajuste fiscal que ajude no combate à inflação e resgate a credibilidade da equipe econômica. Mas os números não convencem. O corte efetivo que era esperado pelo mercado se resume a R$ 4,4 bilhões de economia em itens como diárias e passagens, material de consumo, locação de imóveis, serviços terceirizados e tarifas de luz. O Ministério do Planejamento ainda detalhará os novos limites de despesas para cada ministério.

“Vemos que o desequilíbrio das contas governamentais é sério. Enquanto a receita vinha batendo recordes, aumentaram estupidamente as despesas que não atendem a população. Nada relacionado à saúde, educação ou áreas sociais”, afirma o deputado do PSDB. “E na hora em que precisam fazer ajuste, anunciam como se fosse algo grande, mas na verdade não é bem assim”, completa.

O valor do corte anunciado ontem ficou abaixo da previsão inicial de R$ 20 bilhões. Colnago alerta que o importante é promover uma redução da máquina pública, atualmente inchada. “Aumentaram as atividades meio, como os gastos com cartões corporativos, número de ministérios desnecessários, despesas com passagens, diárias e cargos comissionados, e esse tipo de atitude é que leva ao desequilíbrio, pois eles não prezam pelo ajuste fiscal, que priorizávamos em nosso governo”.

O deputado ressalta que a forma como o governo conduz o país gera endividamento público, afeta a economia e o crescimento e gera inflação. “O que é muito ruim para o país e para a nossa população”, destaca.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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23 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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