Mais Médicos


Brasil não pode aceitar contratação de médicos estrangeiros sem revalidação do diploma, alerta Izalci

O deputado Izalci (DF) acredita que o país não pode aceitar a contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma. Ele comentou nesta segunda-feira (22) a ação civil pública movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) contra a União para suspender o programa Mais Médicos, do governo federal. O conselho questiona a possibilidade de o governo trazer profissionais formados no exterior sem que eles passem pela revalidação do diploma e sem a comprovação de domínio da língua portuguesa.

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Para Izalci, a medida da gestão petista é eleitoreira. Segundo ele, o governo desistiu de trazer os médicos de Cuba e abriu espaço para outras nacionalidades. De acordo com o tucano, há uma série de inconstitucionalidades na iniciativa. “A Medida Provisória não é o instrumento adequado, teria que ser um projeto de lei. A questão de ampliar a carga dos estudantes com o serviço obrigatório é inconstitucional. E terceiro, é inadmissível você admitir médicos estrangeiros sem passar pelo Revalida. Qualquer profissional brasileiro que queira fazer a sua atividade no exterior tem que passar pela avaliação”, afirmou.

O parlamentar ressaltou que a oposição não é contra a vinda de médicos estrangeiros, mas os profissionais devem ser submetidos ao exame Revalida. “Nós não somos contra a vinda de médicos estrangeiros. O que nós somos contra é trazer médico sem passar pela avaliação. O governo agora tenta inclusive colocar brasileiros para fazer a prova tentando desqualificar o resultado dela, porque apenas 10% são aprovados”, reprovou.

O Conselho Federal de Medicina questiona a vinda de médicos estrangeiros sem validação de diplomas, a falta de comprovação do domínio da língua portuguesa e a criação do que chamou de subcategorias de médicos, com limitação territorial. Para o conselho, esses médicos serão jogados na periferia e locais distantes sem nenhum controle de sua capacidade técnica. A entidade classifica a medida como oportunista e populista.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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22 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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