Documento de brincadeira


Resolução do PT sugerindo reforma ministerial e ajustes na economia é contraditória, diz Toledo

O deputado Alexandre Toledo (AL) afirmou que a resolução elaborada neste fim de semana pela cúpula petista com diretrizes para o partido mais parece um “documento de brincadeira”. No texto discutido em reunião do diretório nacional, o PT defende a reforma ministerial e ajustes na política econômica entre as prioridades do governo Dilma Rousseff para o segundo semestre. O parlamentar do PSDB acredita que a sigla da presidente começa a perceber a insatisfação generalizada da sociedade com a atual gestão.

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De acordo com a “Folha de S.Paulo”, o texto, que ainda depende de aprovação, prevê a continuidade dos protestos que mobilizaram o país até 2014, ano da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. O PT entende que “nada indica que haverá refluxo das manifestações principalmente em ano eleitoral”. Numa prova de apreensão com as eleições, o comando da legenda admite a realização de dois turnos na disputa pela Presidência.

“Isso até parece uma proposta que não é do governo. Quem olhar o documento sem saber que é do PT vai pensar que foi feito pela oposição. É um documento de brincadeirinha. Parece feito apenas para mostrar que estão dando uma resposta às ruas. Como é que eles incham a máquina, aparelham o Estado e depois propõem redução? Quem já está no governo não precisa propor, deve fazer”, afirma o tucano.

Na avaliação do deputado, as constatações do comando petista acontecem após anos de um governo que fez muito pouco. Para chegar ao poder o PT defendeu o fortalecimento dos movimentos sociais e a reforma agrária, mas as ações nesse sentido fracassaram.

“Só sobreviveram naquilo que do PSDB, mas não tiveram competência de gestão. O PT pegou os louros dos primeiros anos, mas depois levou o país a uma situação muito difícil. Ou seja, perderam o que tinha de bom e se afastaram do que os fortalecia. Agora querem reaproximação de tudo isso, mas apenas por uma questão eleitoral”, disse.

No documento, a cúpula do PT cobra ainda reaproximação dos movimentos sociais e mobiliza sua militância para recuperar a credibilidade da sigla e das instituições políticas.

“Estão começando a acreditar que o governo errou e já não atende a maioria dos brasileiros. Ele mesmo reconhece que se distanciou dos movimentos sociais, que tanto acreditaram no governo. Essa conversa de reaproximação é na verdade uma conversa de reeleição. Sabem que terão muita dificuldade. Já é um reconhecimento de fracasso”, destaca Toledo.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/ Áudio: Kim Maia)

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22 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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