Reforma política


Planalto tenta confundir a população com proposta inconcebível de plebiscito, critica William Dib

O deputado William Dib (SP) disse que o plebiscito da reforma política proposto pelo governo é uma nuvem de fumaça diante das reivindicações feitas pela população nas manifestações de rua. Para o tucano, o Planalto tenta confundir a população ao propor a consulta popular, sendo que os manifestantes pediram transparência na administração pública, o fim da corrupção e da impunidade. Nesta quarta-feira (17) foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho da Reforma Política, que debaterá o tema.

Para Dib, a realização do plebiscito é inconcebível, embora ele entenda que o atual modelo esteja defasado. “Esse é um assunto tremendamente complexo para se pensar num plebiscito. Vamos discutir se haverá reeleição ou não, o tempo de mandato, e chegar nos detalhes sobre tamanho do outdoor, brindes. Cada item possível de uma reforma política eleitoral demanda uma discussão”, afirmou.

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Segundo o parlamentar, o PT está cada vez mais isolado e tenta camuflar as perguntas e as bandeiras de uma possível consulta. O tucano diz que o partido se perdeu e os aliados se afastaram porque não é possível seguir com essa ideia. “O bom senso vai obrigar todo mundo a recuar. Não há possibilidade de planejar um plebiscito sobre a reforma política em nenhum país do mundo. Não é um problema brasileiro. Reforma política são os representantes políticos”, destacou.

De acordo com Dib, a ideia da presidente Dilma já foi sepultada. “É que isso não tem nexo. Vinte quatro horas antes, Dilma propôs uma constituinte exclusiva para fazer a mudança. Eles estão batendo cabeça. Serão centenas de perguntas que precisam ser feitas”, observou. O deputado defende uma reforma gradativa: os pontos seriam acrescentados aos poucos, após aprovação popular.

O GT da reforma é composto por 14 parlamentares e tem na presidência o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). O PSDB definiu prioridades para a reforma: fim da reeleição para chefes do Executivo e adoção do mandato de cinco anos; voto distrital misto; fim das coligações para as eleições proporcionais; redução de dois para um suplente de senador; retomada da discussão sobre cláusula de desempenho para definição de cálculo de tempo de TV e acesso ao fundo partidário; além de uma mudança da regra para concessão de tempo de TV para propaganda eleitoral.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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17 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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