Mais transparência
Para abrir “caixa preta” do BNDES, Colnago quer fim de sigilo em operações do banco
Em entrevista à Agência Estado nesta segunda-feira (15), o deputado Cesar Colnago (ES) defendeu o fim da proteção de sigilo em operações financeiras e de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e suas subsidiárias.
Questionado por “O Estado de S.Paulo” sobre a dívida do grupo de Eike Batista com a instituição e os pagamentos já efetuados, o BNDES recorreu ao argumento da proteção para não dar as informações ao jornal e ao Congresso, destaca a matéria da “Agência Estado”.
O jornal denunciou que o banco agiu para beneficiar o conglomerado com condições diferenciadas. “Foram firmados entre 2009 e 2012 um total de 15 contratos no valor de R$ 10,7 bilhões com juros baixos, garantias em ações das próprias companhias ou bens que ainda seriam adquiridos”, diz trecho da matéria da agência.
O tucano defende projeto de lei visando abrir uma verdadeira “caixa preta" que atualmente impede a transparência apesar de o BNDES ser uma instituição pública. Colnago afirma que o sigilo bancário tem sido usado pelo banco para ocultar o desempenho dos negócios realizados e destaca que a divulgação das informações seria um custo a pagar pelos entes privados ao buscarem condições facilitadas junto ao banco público.
"Cremos que se o particular opta por um financiamento público, a 'publicidade' deve ser um custo natural a se arcar pelas condições facilitadas que a sociedade disponibiliza a ele", argumentou na entrevista à “Agência Estado”. O tucano defendeu investigação das operações entre o banco e o grupo de Eike. Segundo Colnago, as condições diferenciadas fazem com que esses negócios mais parecem que foram feitos entre pai e filho.
(Da redação com Agência Estado/ Foto: divulgação)
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