Precariedade dos serviços públicos


Para Mendes Thame, manifestações nas ruas pedem mudanças nos rumos do país
 

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) subiu à tribuna nessa quarta-feira (10) para falar sobre as manifestações que tomaram conta do país no último mês. Como o Brasil observou, as pessoas foram às ruas reivindicar melhores serviços públicos, combate à corrupção e redução da carga tributária, entre outros. Para o tucano, as manifestações tiveram duas vertentes: serviços públicos fracos e ética na política.

Segundo o parlamentar, a precariedade dos serviços afeta diretamente o cotidiano das pessoas, principalmente as mais pobres, que necessitam do atendimento do Estado para ter acesso à educação, saúde, segurança, habitação, entre outros.
 
“A maioria da população não tem condições de comprar o seu imóvel no mercado imobiliário convencional. Precisa de uma residência subsidiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida, pela Secretaria de Habitação dos diversos estados. Essa é a primeira vertente das reclamações, da angústia, da verdadeira desolação da grande maioria de população brasileira”, afirmou Thame.
 
Em relação à segunda vertente, o deputado lembrou o clamor pela ética nas ruas, na tentativa de construir um Brasil melhor. As pessoas exigem o fim da corrupção, dos dirigentes e agentes políticos que roubam ou se aproveitam de privilégios e ajudam a aumentar o fosso entre eleitos e eleitores, acrescentou o tucano.
 
As reclamações, na visão do deputado, trazem uma mensagem clara: “os políticos que aí estão não nos representam dignamente”. Segundo ele, há uma crise de representatividade. “Não são representantes que, numa democracia participativa, estão no dia a dia fazendo o papel de representar as classes sociais brasileiras. Aliás, quando os políticos formam uma classe política, deixam de poder representar outras classes, ficam mais ligados ao corporativismo, à defesa da sua própria condição”, avaliou.
 
Por isso, Thame destaca a importância de se fazer uma mudança na forma de escolha dos deputados nas urnas. Ele defende a substituição do voto proporcional pelo voto distrital para que a população possa sentir que aquele deputado está próximo da comunidade. “Essa é a grande vantagem de um voto distrital.”
 
Essa modalidade traz ainda a vantagem de diminuir o custo das eleições, destacou Thame. Para ele, ficar discutindo se o financiamento é público ou privado nada resolve.
 
“Quem vai pagar a conta se ela é altíssima? Já no voto distrital, havendo um colégio menor, o custo da campanha diminui. Nenhuma das regiões do estado fica sem representação. Vamos aproveitar esta oportunidade que nos foi dada pelo povo nas ruas para mudar o país”, concluiu.
 
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
 
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10 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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