Será que o PT vai ouvir?


Tucanos elogiam posição do PMDB em defesa da redução no número de ministérios

Deputados do PSDB destacaram a posição do PMDB em defesa do enxugamento da pesada máquina governamental do governo do PT, uma bandeira que vem sendo levantada há muitos anos pelos tucanos. O principal parceiro dos petistas no Planalto divulgou nota com críticas pesadas à gestão da presidente Dilma Rousseff, com a sugestão de que ela reduza o número de ministérios e corte gastos. Os peemedebistas inclusive colocaram à disposição o comando das pastas que ocupam na Esplanada. Ao todo são 39 ministérios em funcionamento – um recorde inédito na história do país.

Para o deputado Luiz Carlos (AP), essa batalha que o PSDB vem travando mostra ao PT que uma nova realidade precisa ser aplicada no Brasil. “E nada mais justo que alguns partidos que começam a vislumbrar a importância de atender a esse clamor popular e se aliar à corrente que defende a diminuição de ministérios. É preciso reduzir o gasto com a manutenção da máquina para as verbas sejam aplicadas em outras áreas mais necessitadas. A postura do PMDB apenas mostra a correção do nosso discurso", afirmou.

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O deputado Ruy Carneiro (PB) diz que a presidente Dilma finge que não viu o que ocorreu nas manifestações em todo o país. Segundo ele, o que a população pede é exatamente o que a oposição vem defendendo há anos. “Na verdade o que a população quer é o enxugamento da máquina. São propostas para a saúde, a educação, segurança, assuntos que mais afligem o cidadão. E não tem sentido termos no Brasil 39 ministérios. Vinte e poucos ministérios é mais que razoável. Em boa hora o PMDB entende o clamor das ruas e passa também a apoiar essa ideia. Que a presidenta não faça ouvido de mercador e entenda o que as ruas estão querendo dizer a ela”, destacou.

De acordo com o deputado Paulo Abi-Ackel (MG),  essa máquina gigante criada pelo PT não funciona. Segundo o tucano, um governo não se faz com uma grande quantidade de pastas, mas sim com ações. “O número de ministérios não resolve o problema do cidadão. Os ministros nem conseguem despachar com a presidente da República", avaliou o tucano. "O enxugamento da máquina pública é essencial até para que a presidente da República tenha uma mínima condição de despachar com seus ministros. Nem mesmo ela é capaz de citar os nomes dos 39 titulares”, constatou.

Para o deputado Sérgio Guerra (PE), "governo nenhum pode jogar dinheiro fora, nomear ministros que não tem o que fazer para distribuir empregos e favores". De acordo com presidente do Instituto Teotonio Vilela, essa postura é um crime contra o país. "É algo indesejável. Essa pressão grande que as ruas fazem e a indignação do povo apontam na direção da austeridade. O primeiro sinal da austeridade é reduzir o número de ministérios. E a posição do PSDB continua cada dia mais forte”, afirmou.

O deputado Bruno Araújo (PE) disse que recebe com satisfação esta postura do PMDB. Na avaliação do ex-líder do PSDB, essa estrutura precisa ser reorganizada. “É uma estrutura que subtrai dinheiro da saúde, da educação, da segurança pública, das mais diversas áreas que tem importância para o governo. Tudo que arrecadamos não pode ficar concentrado para o custo de uma máquina tão cara e ineficiente. Precisamos diminuir o custo da burocracia e liberar mais recursos para saúde, educação e segurança pública”, criticou.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: divulgação – Ag. Brasil/ Áudio: Elyvio Blower)

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4 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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