Apelos da população

Dilma usa plebiscito para tirar o foco dos problemas do país, alerta Carlos Sampaio

A presidente Dilma usa o plebiscito da reforma política para esconder os problemas que afligem o país, afirmou o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). Para ele, a petista precisa é atender aos apelos de melhorias na educação, segurança, saúde e combate à corrupção. “Ela utiliza o plebiscito como uma forma de ocultar a sua deficiência em apresentar soluções concretas para os temas que interessam ao país”, disse.

Sampaio lembra que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já deixou claro o fato de não haver tempo hábil para realizar um plebiscito que passe a vigorar nas eleições de 2014. “O TSE pediu 70 dias depois do decreto Legislativo pelo Congresso. Suponhamos que até o dia 15 o Congresso definisse efetivamente uma pauta para o plebiscito. Por hipótese, somente no dia 25 de setembro ele poderia ir para as ruas. Até quando ele deve ser concluído? Até o dia 5 de outubro ele tem que ser votado”, explicou o tucano.

O próprio TSE deixou claro que esse prazo não pode ser alterado, pois é uma cláusula pétrea. Resultado: a população teria que ser informada em poucas semanas sobre os aspectos da reforma, um tema complexo. De acordo com o líder, o referendo seria uma ferramenta melhor, pois daria ao Congresso a possibilidade de discutir as normas.

Para Sampaio, a intenção de Dilma era desviar a atenção do movimento popular que tomou as ruas. “Eu não tenho dúvida de que a proposta subiu no telhado. É uma proposta que os juristas desconsideram, a base política dela desconsidera, ministros desaconselharam. A presidente apresentou uma proposta para tirar o foco dos verdadeiros problemas que foram apontados pelas ruas em todo o país”, ressaltou.

Sobre a ideia do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), de formar um grupo de trabalho para ouvir a sociedade civil para formular um projeto, o tucano concorda ser fundamental. Assista na TV 45 trecho da entrevista com o líder: