Solução para diabéticos


Comissão discute inclusão de insulina injetável por caneta na lista do SUS

O líder da Minoria na Câmara, Nilson Leitão (MT), e o deputado Walter Feldman (SP), autores do requerimento que pediu audiência pública para discutir a inclusão de insulina injetável por caneta descartável para diabéticos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), ganharam um forte aliado.

Para a representante da Associação Nacional de Assistência do Diabético, Kelly Rocha, a proposta dos tucanos trará muitas facilidades aos pacientes. Segundo ela, a caneta pode ficar até 28 dias fora da geladeira, é fácil de transportar, além de evitar o desperdício e aplicar a dose certa.

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Para Nilson Leitão, é importante que o governo adote o sistema em substituição à seringa para aplicação da insulina. “Desejo que o ministro da Saúde tenha um pouco mais de sensibilidade e entenda que tenha que ser incluído no Rename esse kit que é uma caneta. Ela tira do paciente, principalmente das crianças, essa situação até constrangedora de usar a seringa em qualquer lugar. É uma normatização para que a saúde pública do Brasil utilize nos postos de saúde municipais, nos estados e também na União. O custo é menor e é muito melhor para o paciente”, afirmou.

Para Feldman, que é médico, o benefício da caneta para o paciente diabético e a economia aos cofres públicos são enormes. Segundo ele, o governo precisa acelerar a adoção da caneta de insulina e poupar o sofrimento dos pacientes. “É uma agressão diária. Estamos na fase de ouvir a sociedade, ouvir as demandas e tentar encontrar um caminho que seja realmente aquele que interessa a cidadania, e não interesses técnicos. Deveríamos avançar com estudos um pouco mais aprofundados e rápidos para que essa demanda possa ser contemplada”, reivindicou.

Durante a audiência pública realizada nesta terça-feira (2) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, a diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde no SUS, do Ministério da Saúde, Clarice Petramale informou que alguns estados e municípios já fornecem a caneta com insulina. Segundo ela, o Sistema Único de Saúde precisa aguardar as demandas da sociedade e de empresas para começar a discutir a adoção do uso do sistema.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexandra Martins / Câmara dos Deputados/ Áudio: Elyvio Blower)

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2 julho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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