Reconhecimento

Tucanos destacam eleição de Fernando Henrique Cardoso para Academia Brasileira de Letras

Deputados do PSDB destacaram a eleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar a cadeira nº 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o  jornalista João de Scantimburgo (1915-2013), morto em março deste ano. A votação foi realizada no Palácio Petit Trianon, no Rio de Janeiro, sede da ABL.

Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a eleição representa uma  demonstração de respeito e reconhecimento à contribuição dada ao país nas funções de sociólogo, pensador da realidade brasileira e agente político. Para o tucano, FHC sempre foi motivo de orgulho para todos da bancada.

Conforme lembrou o líder tucano, a mais recente contribuição de Fernando Henrique é a obra “Pensadores que Inventaram o Brasil”, demonstrando que sua preocupação com os rumos do país persiste inalterada. “A votação expressiva apenas confirma o mérito do novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Como bem disse o vice-presidente da ABL em seu comunicado oficial, a eleição de Fernando Henrique é um ato de respeito à inteligência brasileira.”

Fernando Henrique teve 34 dos 39 votos possíveis, com uma abstenção. “Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso como sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia”, disse o imortal Marcos Villaça, ex-presidente da ABL, em comunicado oficial.

Para Duarte Nogueira (SP), a eleição representa o reconhecimento não apenas a um ex-presidente da República, mas ao sociólogo e pensador político que fez enormes contribuições para o desenvolvimento do país, sobretudo em um momento de dificuldade, na coordenação de um plano de estabilização econômica e controle inflacionário, que gerou enormes benefícios.

“O conteúdo da produção bibliográfica do ex-presidente é consistente do ponto de vista de ratificar a sábia e adequada eleição para a Academia Brasileira de Letras. É um brasileiro que vai engradecer a imortalidade da Academia”, ressaltou.

Dudimar Paxiúba (PA), por sua vez, elogiou o ex-presidente pela conquista. “É o reconhecimento pela obra intelectual de um brasileiro que marcou presença no cenário cultural nacional, o que é motivo de orgulho para todos nós”, comemorou.

Para o deputado, FHC é uma figura marcante não só na política, mas na vida cultural do país. “Se hoje o Brasil encontrou o caminho do desenvolvimento econômico, deve isso às reformas implantadas no governo FHC. É esse exemplo que devemos seguir”, disse. “Parabéns ao nosso presidente de honra do PSDB. Que Deus dê muita saúde e disposição para que ele continue produzindo, trabalhando e sendo esse exemplo a ser seguido”, concluiu.

Já o deputado Carlos Brandão (MA) manifestou grande satisfação com o resultado. “Além de ter uma grande importância para a história recente do nosso país, é indiscutível o preparo do ex-presidente com o seu conhecimento acadêmico e notável saber acumulado ao longo de sua trajetória de vida”, apontou.

“Por ter sido presidente, sempre tive muita prudência em concorrer à vaga. Não houve politização, que era o que eu temia. Achava que, por não ser um homem de letras, eu não poderia concorrer. Sempre quis separar minha trajetória de professor e intelectual da função de líder político”, disse o presidente de honra do PSDB.

FHC é autor de 34 livros, fora os ensaios, artigos e demais colaborações. Conheça as últimas obras do tucano:

– Pensadores que inventaram o Brasil (2013)

– A soma e o resto (2011)

– Xadrez internacional e social-democracia (2010)

– Discursos selecionados do Presidente Fernando Henrique Cardoso (2010)

– Relembrando o que escrevi: da reconquista da democracia aos desafios globais (2010)

– Cartas a um jovem político: para construir um país melhor (2006)

– A arte da política – a história que vivi (2006)

– The Accidental President of Brazil: a memoir (2006)

– Negros em Florianópolis: relações sociais e econômicas (2000)

– Charting a new course: the politics of globalization and social transformation (2001)"

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto:  / Áudio: Elyvio Blower)