Autocrítica


Protestos pelo país demonstram indignação da sociedade com os políticos, afirma líder do PSDB

Os protestos em diversas capitais do país devem servir de reflexão para os parlamentares, na opinião do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Segundo o tucano, a indignação da sociedade com os políticos é generalizada e não se restringe aos governos estaduais e federal. Para ele, os integrantes do Congresso Nacional devem aproveitar o momento histórico para fazer uma autocrítica, identificar erros e agir de acordo com os interesses da população.

“Eu poderia vir a esta tribuna falar das vaias à presidente Dilma, dizer da inflação e da indignação com o governo federal, mas eu venho aqui falar de nós mesmos. Tenhamos a vergonha na cara de reconhecer esse momento histórico para mudarmos a nossa relação com a sociedade brasileira e trazermos a indignação dela para dentro desta Casa”, afirmou durante pronunciamento em plenário nesta terça-feira (18).

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O líder afirmou que é hora de o Parlamento saber escutar esse pulsar das ruas. “O movimento de indignação é geral contra toda a classe política. Façamos uma análise de onde está o erro do Congresso para gerar indignação. Em vez de apontarmos o erro do governo federal e dos governos estaduais, façamos uma autocrítica”, ressaltou. “Se continuarmos achando que esses movimentos são contra os governos estaduais ou o governo federal, vamos colocar uma venda em nossos olhos e não perceberemos que a indignação é generalizada e estamos todos na vala comum”, acrescentou.

Na opinião de Sampaio, a imagem que a sociedade tem dos parlamentares só mudará quando os políticos tomarem decisões acertadas, que correspondam aos anseios da nação.  “Como este Congresso pode ser respeitado por esses jovens se ainda se oculta por detrás do voto secreto? Como a sociedade aceita que no Congresso tramite a PEC 37 para tirar poder de investigação do Ministério Público, que é quem evita e impede que a corrupção ande desenfreada por este país? Até outro dia 14º e 15º salários eram pagos vergonhosamente aqui. É um absurdo que a nação não compreende o que esse movimento repudia”, concluiu.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower/ Vídeo: Hélio Ricardo)

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18 junho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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