Orçamento insuficiente

Izalci defende mais investimentos e pesquisadores para as Forças Armadas

O deputado Izalci (DF) defendeu, nesta terça-feira (18), mais investimentos em tecnologia para as Forças Armadas. Presidente da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, o tucano considera o orçamento insuficiente para atender aos projetos contemplados na Estratégia Nacional de Defesa. Realizado pela Frente Parlamentar, o debate contou com a participação de representantes da Marinha, do Exército, entre outros interessados no assunto.

Segundo o tucano, a audiência serviu para todos conhecerem um pouco mais o trabalho das Forças Armadas. De acordo com ele, o objetivo foi conhecer os gargalos e de que forma as Forças Armadas podem colaborar no aperfeiçoamento da legislação.

De acordo com o deputado, há uma grande dificuldade orçamentária nas Forças Armadas. “A reunião vai nos possibilitar trabalhar esse item. Temos que dedicar parte dos royalties para a Ciência e Tecnologia. É necessário ainda trabalhar para que não haja mais contingenciamento. É preciso proibir esse contingenciamento no setor em função da regularidade. Não se faz pesquisa sem regularidade de recurso”, afirmou.

Na ocasião, representantes da Marinha e do Exército afirmaram que o problema central hoje é o envelhecimento do quadro de pesquisadores. Esse é o grande gargalo e o desafio a ser enfrentado. Para Izalci, é necessário melhorar o quadro de profissionais.

“Há um grande gargalo nos recursos humanos. Falta engenheiro qualificado. Nossos pesquisadores estão em idade avançada. A maioria está aposentada e continua trabalhando, mas a qualquer momento pode abandonar”, disse Izalci, ao defender concurso público para a área e mecanismo que valorize os pesquisadores, já que, segundo ele, hoje as Forças Armadas estão perdendo pessoas qualificadas, o que acaba prejudicando as pesquisas na área.

Por fim, Izalci informou que há quase R$ 3 bilhões de contingenciamento na área, o que, na sua visão, não pode acontecer. Por isso, ele defende que, na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), seja proibido o contingenciamento desses recursos, além de mais orçamento.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)