Prejuízo milionário

Imbassahy quer restituição dos prejuízos provocados pela falta de operação do parque eólico de Caetité
 
O deputado Antonio Imbassahy (BA) pedirá ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de processo de responsabilização criminal de autoridades do governo federal para o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário pelo atraso na construção da linha de transmissão da energia gerada pelo parque eólico instalado no município de Caetité (BA).

O Ministério de Minas e Energia reconheceu o descompasso entre geração e transmissão de energia eólica em usinas no Nordeste e anunciou mudanças nos próximos leilões destinados a essa matriz energética. Os prejuízos provocados pelo atraso na entrega de linhas de transmissão para a energia gerada em 28 usinas do Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia foram debatidos nesta quarta-feira (12) em audiência pública na Comissão de Minas e Energia.

Segundo Romeu Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o atraso tem gerado prejuízo mensal médio de R$ 33 milhões. Os parques eólicos estão prontos, mas não conseguem entregar a energia. O parque foi inaugurado com pompa e circunstância pelos governos estadual e federal em julho do ano passado, mas ainda não entrou em operação devido à inexistência da linha.

Segundo Imbassahy, o prejuízo estimado é de R$ 650 milhões. De acordo com as regras previstas no contrato firmado com a empresa Renova Energia, que instalou o parque eólico, o governo pagou R$ 33 milhões mensais por não conseguir vender a energia. Conforme o governo, a previsão para conclusão das linhas de transmissão é fevereiro de 2014.

“Fazendo os cálculos chegamos ao valor de R$ 650 milhões. É muito dinheiro jogado fora, em um país e em um estado como a Bahia, com tantas necessidades. Uma vergonha nacional”, criticou o parlamentar.

De acordo com Imbassahy, a falta de explicações convincentes por parte dos representantes da Chesf, da Aneel e do Ministério das Minas e Energia, convidados a falar na comissão, demonstra a incompetência do governo. “O governo do estado não inaugurou uma obra em benefício da população, mas um grande prejuízo para o contribuinte brasileiro”, concluiu. 

(Assessoria do deputado com informação da Ag. Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola)