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Queda no ritmo de execução do PAC mostra governo incompetente e sem planejamento, critica Sávio

O gasto mensal com execução de obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) nos primeiros quatro meses deste ano ficou em R$ 21,3 bilhões, 26% abaixo da média do trimestre anterior, segundo balanço divulgado nessa segunda-feira (10). A informação é do jornal “O Globo”. O ritmo lento demonstra a ineficácia do governo do PT em melhorar a infraestrutura do país. Denúncia revelada pelo Fantástico no último domingo (9) sobre o cenário caótico das estradas federais é um resumo do fracasso do programa.

Dos R$ 17,5 bilhões autorizados neste ano para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), apenas R$ 312,7 milhões foram executados, o equivalente a 1,78%, o que reforça o baixo desempenho. A redução no ritmo de investimentos mostra a lentidão do Planalto em tocar obras necessárias. Na visão do deputado Domingos Sávio (MG), o baixo desempenho é prova da incompetência e também de um governo que não trabalha com métodos, planejamento e seriedade.

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O volume de aplicações do PAC, que chegou a 56,3% do total previsto até 2014, continua a ser puxado pelo financiamento habitacional, que somou R$ 178,8 bilhões desde o início do programa, em 2011. Ou seja, o ritmo de execução caiu 26%, e mesmo assim turbinado por financiamentos habitacionais, que não têm nada a ver com infraestrutura. De acordo com o deputado, é preciso mostrar para o povo brasileiro que o PT se transformou em especialista em maquiar números e distorcer a verdade.

“O governo faz declarações de que o PAC já executou mais de 50% das metas deste ano. Mas quando vamos analisar de forma detalhada os números, vemos que a maioria das obras é semelhante à transposição do rio São Francisco, que já jogou mais de R$ 6 bilhões do contribuinte no lixo. São construções inacabadas que estão se deteriorando e sem perspectiva de serem concluídas”, avaliou nesta terça-feira (11).

Segundo Sávio, o péssimo cenário vem de um governo que faz licitações de carta marcada e superfaturadas, o que acaba virando problema, pois as obras são interrompidas na Justiça. Com isso, o prejuízo vai para o bolso do cidadão. “As inúmeras irregularidades cometidas pelo governo fazem com que o PAC não ande”, finalizou.

Constando na lista de prioridades do programa, a transposição do rio São Francisco – com o objetivo de levar água ao semiárido nordestino – é apenas um exemplo da ineficiência do governo em tocar obras importantes. O projeto foi iniciado em 2007 e tinha previsão de conclusão em 2012, no entanto, até agora os serviços só avançaram em 43% do previsto.

A frase:

“Esse é o Brasil real: da corrupção, da propaganda enganosa e do desvio de dinheiro. É hora de tirar a máscara da presidente Dilma Rousseff e mostrar para o Brasil que se as coisas não estão indo bem é por culpa de quem não governa bem o país.”
Deputado Domingos Sávio (MG)

Obras prorrogadas também entram no balanço

→ No esforço para mostrar um cenário de investimentos pujantes, o governo colocou o carimbo de “adequado” em obras que tiveram o cronograma prorrogado, como a rodovia BR-163 e o complexo petroquímico do Rio, o Comperj.

→ No balanço divulgado ontem, os recursos investidos pelo setor privado desde o início do PAC 2 chegaram a R$ 113,9 bilhões; os investimentos do Orçamento Geral da União (OGU), a R$ 56,2 bilhões; e o programa Minha Casa, Minha Vida a R$ 46,3 bilhões. Os demais recursos incluídos são financiamentos ao setor público (R$ 8 bilhões) e contrapartidas de estados e municípios (R$ 2 bilhões).

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Wilson Dias – ABr/ Áudio: Elyvio Blower)

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11 junho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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