Momento crítico
Presidida por Izalci, Frente da Ciência e Tecnologia debate gargalos do setor químico
Em audiência pública realizada nesta terça-feira (11) pela Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, presidida pelo deputado Izalci (DF), reuniu representantes do setor químico que levantaram problemas como a perda de competitividade.
O encontro faz parte de uma série de debates promovidos pela Frente em busca de uma legislação para o código nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Nós já estamos na fase final das discussões do código e em cima das audiências públicas estamos levantando os gargalos. Percebemos claramente que são muitos para melhorar a competitividade da indústria brasileira”, destacou.
A indústria química enfrenta, segundo o parlamentar e debatedores, um momento crítico, sem investimentos. Como prova do problema, só no primeiro trimestre deste ano, o país teve o déficit de US$ 6,7 bilhões na balança comercial, resultando no fechamento de fábricas.
Nas exposições, ficou claro que o setor não tem uma política de longo prazo nem infraestrutura. O país poderia ter a produção estabelecida, mas importa de outros países, o que custa caro para o consumidor, além de não gerar empregos para a população. A indústria química, importante na evolução de diversos segmentos, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), gera cerca de 400 mil empregos diretos.
Izalci lembra que há uma falta de entrosamento com as universidades e empresas. “Falta investimento e pesquisa na área privada. Enquanto o mundo hoje está em 70%, 80% do investimento no setor privado, no Brasil é um pouco mais de 40%”, explicou.
Para o tucano, os fatores apontados servirão para contribuir com o aperfeiçoamento do código nacional de Ciência e Tecnologia. “Provavelmenteno dia 9 de julho nós votaremos já o relatório final com a última audiência com os ministros”, declarou.
Participaram da reunião Thomaz Canova, Diretor de P&D para a América Latina da Rhodia, Felipe Pereira, chefe do departamento de Indústria Química do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de Rolando Vargas Vallejos, Gerente Executivo de educação profissional e Tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI ).
(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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