Execução pífia


Baixo investimento é prova da incompetência gerencial do atual governo, ressalta Otavio Leite

O baixo percentual de investimento do governo federal é a prova da incompetência gerencial da atual gestão, na avaliação do deputado Otavio Leite (RJ). Ao contrário do discurso da equipe econômica de crescimento sustentável do país, as aplicações não avançaram nos primeiros quatro meses deste ano. De janeiro a abril, o governo gastou R$ 22,9 bilhões, ou 17,6% do total de R$ 130,4 bilhões autorizados no Orçamento da União, segundo relatório do Tesouro Nacional. O valor pago foi menor que no mesmo período do ano passado – R$ 21,1 bilhões, ou 22,58% de um total autorizado de R$ 93,4 bilhões. 

“Contra números não há argumentos. Com o passar do tempo só vem aumentando a incompetência do governo na execução do orçamento. É lamentável, porque já estão há dez anos no poder e no entanto a execução das obras tão badaladas e festejadas fica sempre a desejar. Essa é a prova da incompetência da gestão administrativa no país”, afirmou Leite nesta segunda-feira (10).

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No Ministério dos Transportes, maior responsável pelas obras de infraestrutura, os investimentos caíram de 13,28% para 12,85% da dotação autorizada e ficaram praticamente estáveis em relação ao PIB, passando de 0,17% para 0,18%. Na Integração Nacional, recuaram de 14,03% para 9,69% do valor aprovado pelo Congresso e permaneceram em 0,06% do PIB. No Ministério das Cidades, mesmo com a manobra do governo de incluir os subsídios ao programa Minha Casa, Minha Vida como investimento, o valor pago caiu de 49,17% para 29,53% do autorizado e de 0,61% para 0,49% do PIB. O levantamento é do jornal “O Globo”. 

Na opinião de Otavio Leite, o cenário é preocupante. “O governo não investe, a sociedade está endividada, há uma consequente diminuição na atividade produtiva, além do crescimento inflacionário e do aumento do desemprego, o que é perverso. O país está amarrado em vários setores, principalmente na infraestrutura”, destacou.

De acordo com o tucano, a expectativa para que as obras saiam do papel e estimulem o crescimento do país não é otimista. “Esse cenário macroeconômico é lamentável para o país. Não há uma perspectiva promissora. Pelo contrário, há o desenho de momentos mais difíceis com inflação e desemprego”, acrescentou. 

Em proporção do PIB, os investimentos do governo federal ficaram estagnados nos quatro primeiros meses de 2013: se mantiveram em 1,51% sobre o total de riquezas produzidas no país. O número ajuda a reforçar a perspectiva de mais um ano de PIBinho.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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10 junho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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