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Má condução da economia e falta de liderança derrubaram popularidade de Dilma, avaliam tucanos

Parlamentares do PSDB avaliam queda de popularidade da presidente Dilma como um reflexo da má condução da economia aliada à estagnação de setores essenciais. Segundo o instituto Datafolha, pela primeira vez desde o início de seu mandato, a petista teve queda na aprovação do governo: passou de 65% para 57%.  A inflação é um dos principais motivos.

Para o líder da Minoria na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT), os brasileiros começam a avaliar melhor o “conjunto da obra”. “O governo vai mal na economia, mas também vai mal em outros setores. As obras estão paradas e sempre com indícios de sobrepreço, corrupção e falta de projetos”, disse. Para o tucano, a queda na popularidade está diretamente ligada aos problemas econômicos e à falta de liderança política em assuntos polêmicos.

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Leitão afirma que quando a economia vai bem, a população não percebe tanto as demais falhas. Mas quando ela dá sinais negativos, rapidamente o cidadão percebe que não está sendo bem governado. “Esses 8% significam muita coisa. Se observarmos que isso representa a população como um todo, temos um universo de 16 milhões de brasileiros que, assim como os entrevistados, deixaram de acreditar no governo dela”, destacou.

Segundo a pesquisa, Dilma perdeu popularidade entre homens e mulheres, em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda, idade e escolaridade. As maiores oscilações foram verificadas entre brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos (queda de 24 pontos), entre os que têm ensino superior (16 pontos), moradores da região Sul (13 pontos) e pessoas entre 25 e 34 anos (13 pontos).

Queda na popularidade: após colocar o país na descendente, Dilma agora paga o preço

O deputado Vaz de Lima (SP) afirma que os números foram afetados principalmente pela questão econômica. Todos os indicadores de expectativa em relação à área econômica pioraram. Para 51% dos entrevistados, a inflação vai subir. Em março, esse índice era de 45% e de 41% no início do governo. A mesma percepção negativa é vista em questões sobre desemprego, poder de compra do salário, situação econômica do entrevistado e do país. No último caso, se até março 9% achavam que a economia do país iria piorar, agora o índice é de 19%.

Em sua página no Facebook, Vaz de Lima relatou conversa com sua secretária do lar pouco antes da divulgação da pesquisa. Segundo o deputado, a funcionária se mostrou indignada com os preços nos supermercados. “Ela confirmou tudo o que nós, ‘os especialistas (!?)’, estamos falando: a economia não emite bons sinais, a inflação está de volta, e a percepção do brasileiro de que as coisas não vão bem está aflorando”, escreveu.

Foi exatamente o que confirmou a pesquisa: 80% das pessoas dizem ter notado alta de preço dos alimentos nos últimos 30 dias. “A população está extremamente preocupada com os efeitos da inflação. É um momento grave para o governo. Ou mudam o rumo da política econômica para dar tranquilidade à população ou essa queda só vai se acentuar”, alertou.

Para o deputado César Colnago (ES), o governo não equilibra as contas e o povo já sente na pele as consequências da inflação. “As pessoas não têm mais o mesmo poder de compra de um ano atrás. O povo que já sentiu a inflação antes do Plano Real sabe como é passar por isso. Nenhum país sério cresce com a inflação. Pelo contrário, empobrece e faz com que a renda da população seja afetada”, disse, ao ressaltar que os problemas vão além dos econômicos: “É um governo que anuncia, mas não entrega. São UPAs, creches e outros investimentos que ficaram só no anúncio”.

(Reportagem: Djan Moreno com  informações do site do PSDB/ Foto: Antonio Cruz/ABr/ Áudio: Elyvio Blower)

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10 junho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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