Aeroportos

Líder tucano apresenta requerimentos para ouvir titulares do Planejamento e da Aviação Civil

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), apresentou nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Viação e Transportes da Câmara requerimentos pedindo a vinda dos ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Moreira Franco (Aviação Civil) para que prestem esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades em obras de aeroportos. O deputado Vanderlei Macris (SP) também assina os pedidos.

Na noite de ontem (4), Sampaio participou de audiência com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, para discutir as denúncias divulgadas pelo “Fantástico”. Participaram do encontro os líderes Nilson Leitão (MT), Ronaldo Caiado (DEM) e Rubens Bueno (PPS).

“É uma afronta o comportamento dos responsáveis pelo setor! Enquanto o presidente da Infraero tenta se eximir de qualquer responsabilidade e tapar o sol com a peneira, o secretário de Aviação Civil trata do assunto como se falasse de outro governo. Fala dos problemas e ‘puxadinhos’ como se não fizesse parte da engrenagem que emperrou as obras de infraestrutura do país por uma década”, afirmou o líder tucano.

Em plenário, Nilson Leitão criticou o governo petista por não ter promovido avanços nos transportes nos últimos 10 anos. “Essa é a situação dos aeroportos por conta da incompetência, da corrupção e da forma errada de administrar. O PT foge à contabilidade e faz com que o Brasil tenha números que deixam a população muito atrás de países mais pobres”, disse.

O deputado Domingos Sávio (MG) deixou clara a indignação com as denúncias reveladas pela TV Globo.  “Nós assistimos à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, dizer o absurdo de que há 30 anos não havia obra nenhuma no Brasil. É uma atitude irresponsável dizer uma coisa como essa. Em Minas Gerais, o governo Fernando Henrique duplicou a Fernão Dias de São Paulo a Belo Horizonte. Já o governo a que ela serve há 10 anos prometeu continuar a duplicação e a BR-381 está lá com o nome de Rodovia da Morte”, reprovou.

Superfaturamento, sobrepreço e atrasos por falta de projetos executivos estão entre as irregularidades apontadas pelo TCU.  Em Guarulhos (SP), onde foi dispensada a licitação para que execução da obra no terminal 4 fosse feita em prazo recorde, duas semanas antes da inauguração o teto desabou. Em Vitória (ES), um rombo de R$ 43 milhões foi encontrado pelo tribunal, que determinou o desconto do valor dos futuros pagamentos ao consórcio responsável pela obra. Desde então, a obra foi paralisada.

(Da Redação)