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"Prontos para o futuro", por Carlos Sampaio

A eleição do senador Aécio Neves para a presidência nacional do PSDB representa um marco dentro do partido. A presença em massa dos governadores, com destaque para Geraldo Alckmin, dos deputados, da militância e das principais lideranças de nosso partido, como José Serra, no congresso realizado no último dia 18, comprova que a sigla seguirá unida para a disputa eleitoral do próximo ano.

Governador que deixou uma atuação marcante em Minas Gerais e herdeiro de Tancredo Neves, Aécio é o nome que representa a essência do PSDB, um partido que se moderniza a cada dia e que assume cada vez mais o papel de principal representante da oposição aos desmandos do lulo-petismo.

O senador e agora líder nacional tucano é reconhecido até por seus adversários políticos pela sua competência administrativa no Executivo. No governo de Minas, adotou o que ficou conhecido como “choque de gestão”, promovendo o desenvolvimento mediante a reversão de quadros de déficits orçamentários, da reorganização e modernização do aparato institucional do Estado e da busca e implementação de novos modelos de gestão, sempre ressaltando a ética e a transparência.

Também é frequentemente elogiada sua capacidade de articulação política e de agregar aliados, qualidade cada vez mais necessária a um bom administrador público, que deve transitar com desenvoltura em todas as esferas de poder, independentemente de cores e bandeiras partidárias ou ideológicas.

Além do apoio inconteste dos mineiros e da sua inserção nos cenários do Rio e de São Paulo, os maiores colégios eleitorais do País junto com Minas, Aécio agora conta com o apoio de seu partido em importantes capitais do norte e do nordeste, como Teresina, Maceió, Belém e Manaus, o que também consolida o seu nome para a disputa presidencial de 2014.

Principal referência da oposição ao atual governo, Aécio demonstra ser capaz de capitanear um arco de alianças partidárias e sociais descontentes com os rumos do País e decididas a dar um basta à inércia administrativa, à corrupção e aos abusos de poder e tráfico de influência que marcam a gestão do PT no governo federal.

Apenas para constar, nunca é demais relembrar que o PSDB tem a representatividade de 8 governadores, 12 senadores, 51 deputados federais, 123 deputados estaduais, 702 prefeitos – 15 dentre as maiores cidades, com mais de 200 mil eleitores – e 5.146 vereadores.

Aécio, com essa bagagem e essa forte inserção do nosso partido, tem todas as condições de resgatar projetos necessários para um Brasil competente, competitivo e que, diferentemente do que ocorre hoje, tenha pulso firme no combate à inflação, no controle de gastos públicos e que nunca coloque em jogo a democracia e o respeito às instituições.

Projetos esses que começaram na gestão de Fernando Henrique Cardoso, nosso presidente de honra, cujo legado vem se exaurindo ao longo da administração petista, por absoluta má gestão. Aécio representa, assim, o resgate da história de nosso partido, que se confunde com a história do governo FHC.

Foi pelas mãos de Fernando Henrique que o País conheceu, enfim, a estabilidade financeira e econômica, graças ao bem-sucedido Plano Real, que pôs fim à hiperinflação e devolveu à sociedade brasileira a capacidade de planejamento de médio e longo prazos, recuperando o poder de compra dos salários e iniciando um ciclo de prosperidade. Também foi de FHC a iniciativa de implementar os primeiros programas de transferência direta de renda, tais como o Bolsa Escola,  o Auxílio Gás e o Bolsa Alimentação, posteriormente unificados  no Bolsa Família pelo governo petista e que beneficiou mais de 5 milhões de famílias.

Enfim, são muitas as conquistas alcançadas pelo País ao longo da gestão tucana, conquistas essas que serão ressaltadas e reintroduzidas na agenda política por Aécio e pelo PSDB, com vistas a 2014. Estamos prontos para o futuro. O Brasil precisa voltar a crescer. A inflação tem de continuar controlada. A gestão pública tem de ser conduzida com ética e transparência. É isso o que queremos e é para isso que trabalhamos.

(*) Carlos Sampaio é deputado federal e líder do PSDB na Câmara. Artigo publicado no “Correio Popular” em 30/05.