Incompetência administrativa


Mendes Thame aponta falhas da política econômica do PT e cobra solução

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) apontou os equívocos da política econômica adotada pelas gestões petistas. Economia estagnada, inflação, carga fiscal elevada, apagão logístico, gastos em custeio em vez de investimentos e desindustrialização. Esses são alguns dos problemas decorrentes da incompetência administrativa do governo federal, destacou o tucano. Na opinião do parlamentar, medidas urgentes precisam ser tomadas pelo Executivo para defender os interesses do país.

“Nós, da oposição, não temos o objetivo de demolir a imagem do governo, mas de mostrar que existem alternativas concretas. Não é preciso cobrar uma solução mágica ou extraordinariamente inusitada para resolver os problemas. Eles estão aí, visíveis, em decorrência da incompetência administrativa do governo”, apontou. “O Brasil merece um projeto de desenvolvimento que transforme este imenso país em uma nação rica, na qualidade de vida do seu povo”, completou.

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Segundo o tucano, quando Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, nada fez e apenas colheu os frutos das profundas reformas promovidas nos governos que o antecederam. “Os atuais dirigentes federais não se preocuparam em plantar uma estratégia sustentável de crescimento com distribuição de renda. Ao contrário, os petistas continuam literalmente perdidos, ora mergulhados numa desesperadora inércia, ora atirando para todo o lado. Numa mescla de incompetência e arrogância vão destruindo gradativamente o que o Estado brasileiro construiu com tanto esforço”, avaliou.

Conforme destacou, no campo fiscal o PT adota a contabilidade criativa para tentar esconder a gastança, o descontrole com gastos correntes que dão ênfase ao custeio, desprezando os investimentos. No campo monetário e financeiro, a presidente Dilma atropela a autonomia do Banco Central e puxa para si a responsabilidade sobre o controle da inflação. “O voluntarismo do governo Dilma não é suficiente para conter as ameaças de retorno da inflação, que se situa perigosa e insistentemente em torno de 6% ao ano”, avaliou. Mendes Thame criticou também o estímulo ao endividamento exacerbado das famílias para atenuar a estagnação econômica do país.

O parlamentar afirmou que o país assiste a uma carga fiscal estratosférica e a um apagão logístico. O cenário é fruto da incompetência para articular investimentos públicos e privados em infraestrutura, do qual o congestionamento dos portos é uma das consequências mais visíveis. “Esses fatores acabam estrangulando a produção nacional, que passa por um dos mais perversos processos de desindustrialização em toda a sua história”, declarou ao criticar a ausência de uma política industrial. Segundo ele, o setor necessita de regras estáveis para estimular a aplicação de recursos em novos empreendimentos, produtos e processos.

O deputado disse ainda que os sucessivos fracassos da administração federal em promover uma reforma tributária deram lugar a uma crise federativa de grandes proporções, sem precedentes, colocando estados contra estados. “O governo federal não exerce o seu poder de arbitragem, de fazer com que este país continue harmônico, reunindo estados com ênfases e perspectivas completamente diferentes, mas todos unidos em torno de um objetivo comum.”

Para o tucano, os problemas de gestão atingem também a educação. “O marasmo na educação cria o paradoxo de existirem, ao mesmo tempo, altos índices de desemprego entre os jovens e faltarem trabalhadores qualificados para preencherem vagas abertas em setores de tecnologia mais avançada.”

A saúde pública é outra área afetada. “A tabela do SUS para pagamento pelos procedimentos prestados pode levar à falência boa parte das Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos em todo o país, com reflexos negativos impressionantes, já que essas instituições são responsáveis por praticamente a metade dos atendimentos clínicos em todos os hospitais do Brasil”, concluiu.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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31 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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