Valorizando a comunicação


Em audiência pública, Duarte Nogueira destaca conquistas ligadas à liberdade de imprensa

Durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o deputado Duarte Nogueira (SP) destacou as conquistas da sociedade brasileira em relação à liberdade de imprensa e à democratização dos meios de comunicação. O tucano é autor do requerimento que sugeriu o evento.

O tucano lembrou o período da ditadura militar, quando as redações de revistas, jornais, emissoras de rádio e televisão sofriam com a censura do conteúdo. Anos depois, segundo Duarte, jornalistas ainda são impedidos de terem acesso a dados do governo federal em várias ocasiões. “Em algumas instâncias dos governos federal, estadual e municipal, a imprensa e o cidadão comum não conseguem acesso livre a informações, e isso é parte também da democratização do nosso país”, disse.

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Sobre a morte de profissionais da comunicação, Duarte apresentou os últimos dados coletados em uma instituição de Genebra que monitora a liberdade de imprensa. “Somente este ano tivemos quatro jornalistas mortos no exercício da sua atividade e hoje o Brasil se coloca como o terceiro país com o maior número de mortes de profissionais da imprensa no exercício da profissão”, destacou.

O parlamentar falou ainda sobre o avanço das mídias eletrônicas. Um exemplo da velocidade desses veículos foi a rápida repercussão dos boatos sobre o fim do Bolsa Família. “O simples boato tomou grandes proporções com a implantação de notícias falsas ou por desencontro das decisões tomadas pela Caixa Econômica Federal, segundo as informações do dia de hoje”, citou. “Quais medidas podem ser tomadas para que estes problemas não venham mais acontecer e qual o caminho mais adequado?”, questionou.

Duarte lamentou a ausência de representantes do setor governamental no encontro. “Nós tínhamos questionamentos para fazer neste debate público”, afirmou.

Participaram do debate, o presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco Belmonte; José Sóter, representando o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); Ricardo Pedreira, membro da Associação Nacional de Jornais (ANJ); Maria Célia, representante da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner); E José Carlos Torres, representando a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Paulo Tonet Camargo, Conselheiro da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), destacou itens da Constituição que tratam da plena liberdade de informação e expressão, da pluralidade dos meios e da preservação da identidade cultural brasileira. “A Abert acredita nesta Casa e acredita que a representatividade política e popular necessária para discutir tudo, inclusive as questões relativas a radiodifusão e direito de resposta”, declarou.

(Reportagem: Edjalma Borges/ Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/ Áudio: Elyvio Blower)

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28 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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