Conflitos indígenas


Azambuja cobra solução urgente para conflito entre indígenas e produtores rurais

O deputado Reinaldo Azambuja (MS) cobrou soluções urgentes do governo federal para acabar com o conflito entre indígenas e produtores rurais no Mato Grosso do Sul. Os grupos vivem clima de tensão há décadas. De um lado, proprietários têm medo de suas terras serem invadidas; de outro, índios reclamam da falta de perspectiva de vida. O governo brasileiro precisa dar um basta na situação, exigiu o tucano.

Atualmente, a Funai estimula processos de estudo antropológico considerados duvidosos pelo tucano. Além disso, a fundação estimula invasões, como as que ocorreram nesta semana em mais de dez fazendas. “É isso que cria o conflito. A invasão acarreta conflito porque o proprietário quer defender o que é dele e o governo federal vê isso passivamente, o que é muito ruim”, lamentou.

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Para resolver a situação, Azambuja defende que o Executivo federal intervenha na questão. Segundo ele, se o governo pensa em ampliar as aldeias, que o faça, pois os proprietários estão dispostos a venderem os terrenos. “Assim foi feito nos programas da reforma agrária, em que foram adquiridas as terras e feitos os assentamentos em todo o país”, lembrou.

Sobre a questão indígena, o parlamentar acredita que o conflito continuará e muitas pessoas ainda morrerão se o Planalto não enfrentar o problema com seriedade. Diante do triste cenário, Azambuja reforça a necessidade de a Funai cumprir a função de cuidar dos índios. “Os índios querem se inserir na sociedade e a Funai tem que cumprir o seu papel. O governo pode acabar com tudo isso se quiser”, afirmou.

 

Tucano cobra ações de combate ao tráfico de armas e drogas pelas fronteiras

O deputado alertou para a falta de segurança no Mato Grosso do Sul e cobrou ações do Executivo federal no controle das fronteiras com Paraguai e Bolívia, portas de entrada de armas e drogas. Segundo Azambuja, são quase mil quilômetros de fronteira seca, o que deixa a região vulnerável.

“As penitenciárias do estado estão lotadas devido ao contrabando e tráfico de drogas. Temos uma população carcerária à beira de um colapso e quase todos os crimes são tráfico de drogas”, ressaltou. Ele reiterou a necessidade de ações efetivas e aumento de policiais para coibir a entrada de armas e drogas, além de investimento em infraestrutura carcerária.

 

Nos últimos anos, 150 policiais civis foram contratados, mas quase 300 se aposentaram. Com isso, houve uma redução do efetivo, o que traz um prejuízo para a população local. A categoria fez uma greve de seis dias, que se encerrou na última quarta-feira (22). Azambuja considera a paralisação justa, já que os policiais precisam de melhores condições de trabalho.

“Precisamos de equipamentos, viaturas, armamento, entre outros. O governo federal deve priorizar a questão. O investimento é necessário para coibir esse problema e melhorar a segurança de Mato Grosso do Sul.”


Falta de infraestrutura prejudica escoamento da produção agrícola no MS

A infraestrutura precária do país prejudica o escoamento da produção agrícola em vários estados, principalmente no Mato Grosso do Sul, onde o agronegócio é uma grande fonte de renda para a população. Segundo Azambuja, há cinco anos o MS era um dos primeiros produtores de commodities do Brasil. Soja, milho, carne e minérios eram exportados como produtos não industrializados. Hoje eles são industrializados, o que agrega valor e gera oportunidades para a região.

O grande problema é a logística, disse o tucano. Mato Grosso do Sul está distante dos grandes centros consumidores e dos principais portos. Todo o transporte é feito por caminhões, ou seja, as rodovias precisam melhorar.

“Infelizmente levou dez anos para o PT falar em privatização. Reconheceram que esse é o melhor caminho, só que o estado paga hoje um ônus. É preciso fazer um modal ferroviário, duplicar as BRs 163 e 267, além de estimular os portos para escoamento da produção”, apontou.

(Reportagem: Letícia Bogéa e Marcos Côrtes/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

 

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24 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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