Jogo contraditório


Contingenciamento: para líder do PSDB, governo deveria cortar gastos públicos

O Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que o contingenciamento de parte do Orçamento pode afetar investimentos, quando o correto seria a redução dos gastos públicos menos essenciais.

“O governo faz um jogo contraditório: de um lado congela parte do Orçamento e, de outro, aumenta despesas para a manutenção de uma máquina pública inchada e pouco eficiente. Temos hoje 39 ministérios, que consomem boa parte das receitas e não dão o devido retorno à sociedade”, disse.

De acordo com o Líder, o corte dos gastos públicos é indispensável também para o controle da inflação e para que seja possível atingir a meta do superávit primário, que é um indicador da saúde financeira do país. “O cenário econômico é extremamente preocupante, com inflação alta e baixo nível de investimento. A redução dos gastos públicos é crucial para o país, mas o governo não dá nem sinais de que irá fazê-la de forma racional, e continua gastando muito e gastando mal.”

Sampaio lembrou que já no ano passado o governo teve que fazer manobras puramente contábeis para fechar as contas públicas e se esforçou para aprovar o aumento de R$ 45,2 bilhões para R$ 65,2 bilhões da parcela das despesas que é abatida do cálculo do superávit primário, gerando, com essas manobras, um superávit artificial.

“O contingenciamento anunciado hoje, o aumento do valor que pode ser abatido do superávit e o completo desinteresse do governo em cortar os gastos públicos não essenciais são indicadores de que as dificuldades para fechar as contas vão continuar. Isso é muito ruim porque abala a credibilidade do país em sua capacidade de equilibrar as contas públicas e controlar a inflação. Sem credibilidade, os investimentos, tão necessários ao nosso desenvolvimento, não acontecem e o país continua patinando”, afirmou o Líder. O bloqueio anunciado do Orçamento é de R$ 28 bilhões.

(Da assessoria da Liderança/ Foto: Alexssandro Loyola)

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22 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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