Inovação


Investimento em tecnologia é o caminho para reduzir as desigualdades regionais, alerta Izalci

Presidida pelo deputado Izalci (DF), a Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação debateu, nesta terça-feira (21), o desnível entre as regiões brasileiras na área. O tucano defendeu mais investimentos em tecnologia no Norte e Nordeste, regiões que carecem de verbas no setor. A reunião contou com representantes do Ministério da Integração, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

“O foco hoje é Ciência, Tecnologia e Inovação. É importante debater o tema para implantar o marco regulatório do setor. Hoje debatemos com representantes as desigualdades regionais. É preciso encontrar mecanismos para que a inovação tecnológica possa ajudar a diminuir essas desigualdades no país e trazer o desenvolvimento científico e tecnológico para as regiões mais carentes, com menores índices de desenvolvimento”, avaliou o tucano após o debate.

Izalci disse que, com mão de obra qualificada, mais recursos e indústrias de ponta, as regiões Sul e Sudeste concentram a maior fatia do investimento na área. Os desníveis, acrescentou, se dão especialmente em relação às regiões Norte e Nordeste. Por isso, o deputado defende que seja feito o diagnóstico da situação do país e haja a adoção das medidas necessárias para reduzir as desigualdades.

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“Não existe desenvolvimento sem ciência e tecnologia. É preciso que esse tema desperte o interesse das pessoas. É importante ainda priorizar a pesquisa e a educação. É um tema que precisa ser prioritário no país”, defendeu.

Presente no debate, o diretor-adjunto de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do IPEA, Luiz Ricardo Cavalcante, disse que as regiões que mais investem em pesquisa são as mais desenvolvidas. De acordo com ele, o Brasil investe apenas 1,2% do PIB na área. Metade dos gastos em pesquisa e desenvolvimento no país é empresarial.

Luiz Ricardo informou ainda que os recursos alocados pelo governo federal tendem a dirigir-se para as regiões mais avançadas. A verba vai para onde há mais demanda: as regiões mais desenvolvidas. Com isso, Norte e Nordeste ficam prejudicados.

Por fim, Izalci criticou a falta de dados do Ministério da Integração Nacional no debate. A diretora do Departamento de Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional da pasta, Adriana Melo Alves e Santos, não levou dados atuais sobre a  realidade de cada estado.

O secretário de Inclusão Social do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Oswaldo Baptista Duarte Filho, e o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, Antonio Carlos Galvão, também participaram do debate.

 
A frase:

“Na inovação tecnológica o desnível é mais gritante. Temos dois brasis. O Brasil do Sul e Sudeste, que se equipara a qualquer nação desenvolvida do mundo. E o Brasil do Norte e Nordeste, que não avança por falta de recursos e vontade política.”

Deputado Izalci (DF)

(Reportagem: Letícia Bogéa com informações da Ag. Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio e Vídeo: Hélio Ricardo)

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21 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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