Drogas X Violência
Jutahy defende votação de projeto sobre internação involuntária de usuários de drogas
O deputado Jutahy Junior (BA) fez um apelo para que o projeto de lei (PL 7.663/2010) que trata da internação involuntária de usuários de droga seja votado ainda nesta semana. Para o tucano, é preciso conter essa tragédia que atinge muitas famílias brasileiras.
Segundo ele, a proposta já foi discutida amplamente com a sociedade. “A internação involuntária surge como uma necessidade atual no Brasil do século XXI, onde em cada dois dependentes químicos um apresenta algum transtorno mental, sendo o mais comum a depressão com consequências, na maioria das vezes, fatais, além do fato insofismável do aumento incontrolável do consumo de drogas no país inteiro e os poucos resultados obtidos das ações de prevenção ao uso de drogas”, afirmou.
Segundo Jutahy, a violência no país está relacionada diretamente ao uso de drogas entre os jovens. “As drogas constituem o mais grave problema de saúde pública e de segurança no Brasil. Já é a principal causa, direta ou indireta, de morte entre jovens de 15 a 25 anos. Mais da metade dos homicídios no país tem relação com o crack, sem falar nos acidentes com vítimas fatais e suicídios”, ressaltou.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta números estarrecedores que colocam o Brasil entre os países mais violentos do mundo. “São 27 assassinatos por 100 mil habitantes por ano. As drogas ilícitas, assim como o álcool, têm grande influência na trágica realidade mostrada pela estatística. O número de dependentes químicos e a violência ligada às drogas no Brasil aumentaram muito na última década”, informou.
O parlamentar lembra que a internação involuntária se faz necessária porque o dependente não tem discernimento do que está fazendo com a sua vida. “Drogas como o crack agem de maneira tão agressiva no corpo do usuário que não permitem que ele entenda a gravidade de sua situação e o quanto seu comportamento pode ser nocivo para ele mesmo e para os outros”, observou.
O projeto prevê, além da internação involuntária para desintoxicação com pedido da família e avaliação médica, a inclusão de Comunidade Terapêutica no atendimento público, isenção fiscal para as empresas que derem emprego a dependentes em recuperação, taxação de cigarros e bebidas para auxiliar no financiamento ao tratamento e aumento da pena para o traficante.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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