Rolo compressor

Tucanos criticam interrupção brusca de sessão solene em homenagem aos 70 anos da CLT

Deputados do PSDB criticaram nesta quarta-feira (15) a interrupção abrupta da sessão solene em homenagem aos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no plenário da Câmara. A sessão, marcada para as 10h, foi encerrada às pressas para a abertura de sessão extraordinária a fim de concluir a votação dos destaques à MP dos Portos.

O líder tucano na Casa, Carlos Sampaio (SP), disse que a reunião foi interrompida de forma vergonhosa. Conforme destacou, partidos da base aliada e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, foram impedidos de falar. “Entenderam por bem interromper, de forma vergonhosa, a sessão solene em homenagem aos 70 anos da CLT, única e exclusivamente para que se pudesse colocar o rolo compressor contra tudo e contra todos. Esse procedimento é inaceitável”, reprovou.

Na opinião do deputado Vanderlei Macris (SP), houve um atropelamento da reunião. Segundo ele, durante as sessões solenes ocorre a manifestação dos partidos políticos. “Nós caracterizamos uma decisão autoritária e arbitrária da Presidência em exercício no sentido de encerrar a reunião. Esse é um atropelo, que não faz parte da boa conduta desta Casa em relação ao cumprimento do Regimento Interno”, declarou.

De acordo com o deputado Ricardo Tripoli (SP), a sessão foi solicitada há mais de quatro meses. “Eu estava inscrito, em nome da minha bancada do PSDB, para poder me manifestar nas festividades que esta Casa havia solicitado para que, no dia de hoje, pudéssemos aqui, comemorar os 70 anos da CLT. Eu não tive sequer a oportunidade de me manifestar”, criticou.

O deputado Domingos Sávio (MG), por sua vez, afirmou que a falta de bom senso impediu a homenagem. "O que houve foi uma truculência, um desrespeito àqueles que, com justa razão, queriam fazer uma homenagem à CLT e ao sentido dela para os trabalhadores brasileiros", ponderou.