Ensino médio


Izalci cobra votação de projetos que ampliam recursos para educação e elogia experiência de estados

A Comissão Especial que trata da reformulação do ensino médio realizou audiência pública nesta terça-feira (14) com a presença de secretários estaduais dos estados com projetos avançados, como Minas Gerais e São Paulo. As bem sucedidas experiências dos governos tucanos nesses locais foram compartilhadas com os parlamentares. Integrante do colegiado, o deputado Izalci (DF) afirmou que a principal solução para o ensino médio e para a educação, em geral, passa pela questão dos recursos.

O tucano acredita ser necessária boa vontade por parte do governo federal para votar projetos como o Plano Nacional de Educação, em análise no Senado. A destinação dos royalties do petróleo para o setor também precisa ser aprovada o quanto antes, na avaliação do deputado.

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“Quando se quer votar algo nesse país, se vota. Estamos vendo o exemplo da MP dos Portos, que o governo quer a todo custo fazer o Congresso votar. Por que não fazem isso com as propostas referentes à educação?”, levantou o tucano. Em sua opinião, a situação das escolas públicas, sobretudo as de ensino médio, é lamentável. “Se não resolvermos definitivamente a questão dos recursos vai ficar tudo no campo da teoria e da hipocrisia”, pontua.

O deputado relatou experiência recente na qual foi convidado a ministrar uma palestra em escola pública e encontrou alunos desmotivados e desanimados, tal como os professores. Para ele, os programas realizados pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Ceará deveriam ser exemplos para o país. “Os secretários de educação desses locais são os heróis hoje da educação”, afirmou.

Em São Paulo, o Ensino Médio Integral começou a funcionar no ano passado em 16 escolas e deve abranger 200 até o final de 2014. No novo modelo o aluno tem nove horas de aula e o professor permanece com ele na unidade escolar em regime de integração exclusiva. Segundo o secretário Herman Voodwarld (foto), o objetivo é desenvolver no jovem as disciplinas eletivas que gerem a capacitação para o seu projeto de vida.

Outro programa do governo Geraldo Alckmin, o “Vence”, une o Ensino Médio com o Ensino Técnico. De acordo com o secretário, os institutos que atuam na formação técnica não comportam a grande procura dos jovens por essa modalidade de ensino. Sendo assim, a rede pública cadastrou mais de 300 escolas para que o jovem do ensino médio possa escolher o curso de sua preferência para obter sua formação técnica no contra turno de suas aulas e saia do ensino médio com as duas formações. Cinquenta mil jovens já estão nesse processo.

“Em Minas estamos implantando uma completa ressignificação do Ensino Médio, uma transformação radical que muda o paradigma desse nível de escolaridade, que é o mais problemático em todo Brasil”, destacou a secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola. O programa Reinventando o Ensino Médio foi iniciado no ano passado em 11 escolas da rede estadual e ampliou-se para outras 122 em 2013. No próximo dia 20, o governador Antonio Anastasia deve lançar a universalização do projeto.

O programa ampliou a carga horária para mil horas anuais, transformando completamente a estrutura curricular, flexibilizando-a, implantando temas transversais, atividades extraclasse e extraescolares, e incluindo as áreas de empregabilidade. São áreas como comunicação aplicada, tecnologias da informação, turismo, empreendedorismo e gestão. O governo estadual desenvolve em paralelo um projeto de capacitação para os professores, além de um monitoramento de todo o programa.

No Ceará,  o Ensino Médio também está sendo trabalhado de forma a aliar-se ao ensino técnico profissionalizante. Cerca de 10% das escolas já funcionam no novo modelo.  Segundo a secretária Maria Izolda Coelho, até 2014, 18% dos alunos da modalidade estarão incluídos no novo Ensino Médio.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Zeca Ribeiro/Ag. Câmara/ Áudio: Hélio Ricardo)

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14 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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