Acusações em série


Falsário processado por Azeredo por falsificar documentos é preso novamente em MG

O falsário e estelionatário Nilton Monteiro foi preso novamente nesta semana em Belo Horizonte (MG). Ele é processado pelo deputado Eduardo Azeredo (MG) desde 2006 por forjar e falsificar documentos, entre eles um recibo de R$ 4,5 milhões que o tucano teria recebido. A fraude foi comprovada por perícias particulares e da própria Polícia Federal.

Monteiro (à esquerda na foto) se tornou conhecido nacionalmente pelo escândalo da chamada Lista de Furnas, documento forjado sobre repasses via caixa dois a campanhas eleitorais em 2002, principalmente a políticos adversários dos petistas. Em conversa gravada pela Polícia Federal, o estelionatário dizia que a lista era a salvação do então presidente Lula no escândalo do mensalão, como destacou a revista “Veja” em 2011.

Esta é a terceira detenção de Monteiro. Em outubro de 2011 ele foi parar atrás das grades acusado de falsificação de documento, estelionato e formação de quadrilha. Desta vez a prisão preventiva foi decretada a pedido da polícia, que apura uso de documentos falsos para levantar espólios e cobrar notas promissórias falsas. Valor do golpe: mais de R$ 1,3 bilhão em Minas e Brasília.

A investigação teve acesso ao computador do estelionatário, que trazia documentos relacionados ao esquema de fraude.  Se o golpe desse certo, ele obteria R$ 970 milhões apenas do espólio de Sérgio Naya, morto em 2009. Várias pessoas foram alvo da ganância dele, assim como os cofres públicos, pois ele também teria tentado falsificar também títulos da dívida pública.

A prisão preventiva do golpista foi solicitada após análise dos computadores, celulares e documentos apreendidos em seu escritório durante busca e apreensão autorizada pela Justiça há dois anos. No computador estavam guardados notas promissórias, contratos de sessão de direitos e instrumentos de confissão de dívida que sustentavam o esquema bilionário de fraude. A polícia apreendeu, ainda, falsos carimbos e selo de cartórios de notas.

De acordo com a Polícia Civil mineira, Monteiro é investigado em mais de cem inquéritos por crimes como estelionato, falsidade documental, comunicação falsa de crime, uso de documento falso e formação de quadrilha.  Responde, ainda, por tentar extorquir testemunhas e os supostos devedores de notas promissórias falsas.

Autoridades mineiras manifestaram perplexidade com a ousadia do estelionatário, que ficará encarcerado por prazo indeterminado.

(Da redação/ Imagem: reprodução – site da revista Veja)

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9 maio, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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